Goiânia tem celulares de sobra

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Go­i­â­nia é a quin­ta no Pa­ís com o mai­or nú­me­ro de linhas de apare­lhos ce­lu­la­res por ha­bi­tan­tes. De acor­do com o re­la­tó­rio men­sal da Agên­cia Na­ci­o­nal de Te­le­co­mu­ni­ca­ção (Ana­tel), a ci­da­de fe­chou fe­ve­rei­ro com 131,02 aces­sos pa­ra ca­da 100 ha­bi­tan­tes, o pri­mei­ro lu­gar é de Sal­va­dor (BA), com a mai­or den­si­da­de. No mês pas­sa­do, 17 Es­ta­dos já pos­su­í­am mais de um ce­lu­lar por ha­bi­tan­te e Go­i­ás es­tá na lis­ta.

No Es­ta­do exis­tem 6,9 mi­lhões de linhas de ce­lu­la­res habilitadas. Já no Bra­sil o nú­me­ro che­gou a 207,9 mi­lhões, o que cor­res­pon­de a um cres­ci­men­to de 2,28% com re­la­ção ao ano pas­sa­do. Em nú­me­ros ab­so­lu­tos is­so sig­ni­fi­ca o mai­or au­men­to de no­vas ha­bi­li­ta­ções no mês de fe­ve­rei­ro nos úl­ti­mos 11 anos, de acor­do com da­dos da Ana­tel. Já a quan­ti­da­de de li­nhas por ha­bi­tan­tes cres­ceu em 1,11% de ja­nei­ro pa­ra fe­ve­rei­ro.

Ou­tra ci­da­de go­i­a­na que es­tá no ranking dos municípios com mai­or nú­me­ro de ce­lu­la­res é Rio Ver­de, no sudoeste do Estado, com 108,12 aces­sos a ca­da 100 ha­bi­tan­tes, ocu­pan­do o 26° lu­gar no Pa­ís. Pa­ra a pro­fes­so­ra dos cur­sos de Ci­ên­cia e En­ge­nha­ria da Com­pu­ta­ção da Pon­ti­fí­cia Uni­ver­si­da­de Ca­tó­li­ca de Go­i­ás (PUC-GO) An­gé­li­ca da Sil­va Nu­nes, o nú­me­ro de li­nhas ha­bi­li­ta­das não sig­ni­fi­ca o mes­mo nú­me­ro de apa­re­lhos ce­lu­la­res, já que se po­pu­la­ri­za­ram apa­re­lhos com mais de um chip.

RA­DI­A­ÇÃO
Com mes­tra­do na área da te­le­fo­nia mó­vel, An­gé­li­ca ex­pli­ca que o mai­or im­pac­to com o au­men­to dos aces­sos de ce­lu­lar é pa­ra o vi­su­al da ci­da­de, pe­lo au­men­to do nú­me­ro de an­te­nas, e não pe­los pro­ble­mas com a ra­di­a­ção. “Quan­do se au­men­ta a quan­ti­da­de de usu­á­rios, di­mi­nui o al­can­ce de ca­da an­te­na, por is­so ve­mos mui­tas pe­la ci­da­de”, explica. Em Go­i­â­nia exis­tem 491 antenas es­pa­lha­das em vá­rios pon­tos, de acor­do com a Ana­tel. Se­gun­do ex­pli­cou a pro­fes­so­ra, ca­da uma tem uma quan­ti­da­de li­mi­te de aten­di­men­to.

“O au­men­to de ce­lu­la­res não quer di­zer que é uma ques­tão de sa­ú­de pú­bli­ca”, opi­na. An­gé­li­ca Nu­nes de­fen­de que a ra­di­a­ção emi­ti­da pe­lo ce­lu­lar exis­te, mas é pro­por­ci­o­nal ao pe­so, ou se­ja, a quan­ti­da­de emi­ti­da é de bai­xo ris­co, con­si­de­ran­do a mas­sa de uma pes­soa adul­ta. “Um be­bê ab­sor­ve mais pe­lo ta­ma­nho”, exem­pli­fi­ca. Quan­do o apa­re­lho es­tá des­li­ga­do, ele não emi­te ra­di­a­ção, co­mo in­for­mou a pro­fes­so­ra da PUC-GO, ape­nas quan­do o ce­lu­lar es­tá fun­cio­nan­do.
O maior perigo, segundo especialistas, é quanto ao uso inadequado da bateria. Caso a substituição seja feita por produto falso ou de marca diferente, corre-se o risco de o aparelho celular explodir. Os próprios fabricantes alertam nos manuais sobre os cuidados ao realizar a troca.

Fonte: Jornal o Hoje