Goiânia tem celulares de sobra
No Estado existem 6,9 milhões de linhas de celulares habilitadas. Já no Brasil o número chegou a 207,9 milhões, o que corresponde a um crescimento de 2,28% com relação ao ano passado. Em números absolutos isso significa o maior aumento de novas habilitações no mês de fevereiro nos últimos 11 anos, de acordo com dados da Anatel. Já a quantidade de linhas por habitantes cresceu em 1,11% de janeiro para fevereiro.
Outra cidade goiana que está no ranking dos municípios com maior número de celulares é Rio Verde, no sudoeste do Estado, com 108,12 acessos a cada 100 habitantes, ocupando o 26° lugar no País. Para a professora dos cursos de Ciência e Engenharia da Computação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Angélica da Silva Nunes, o número de linhas habilitadas não significa o mesmo número de aparelhos celulares, já que se popularizaram aparelhos com mais de um chip.
RADIAÇÃO
Com mestrado na área da telefonia móvel, Angélica explica que o maior impacto com o aumento dos acessos de celular é para o visual da cidade, pelo aumento do número de antenas, e não pelos problemas com a radiação. “Quando se aumenta a quantidade de usuários, diminui o alcance de cada antena, por isso vemos muitas pela cidade”, explica. Em Goiânia existem 491 antenas espalhadas em vários pontos, de acordo com a Anatel. Segundo explicou a professora, cada uma tem uma quantidade limite de atendimento.
“O aumento de celulares não quer dizer que é uma questão de saúde pública”, opina. Angélica Nunes defende que a radiação emitida pelo celular existe, mas é proporcional ao peso, ou seja, a quantidade emitida é de baixo risco, considerando a massa de uma pessoa adulta. “Um bebê absorve mais pelo tamanho”, exemplifica. Quando o aparelho está desligado, ele não emite radiação, como informou a professora da PUC-GO, apenas quando o celular está funcionando.
O maior perigo, segundo especialistas, é quanto ao uso inadequado da bateria. Caso a substituição seja feita por produto falso ou de marca diferente, corre-se o risco de o aparelho celular explodir. Os próprios fabricantes alertam nos manuais sobre os cuidados ao realizar a troca.
Fonte: Jornal o Hoje