Centro de Excelência de Esportes: Obra pode recomeçar nos próximos 30 dias
Dez anos se foram desde o início da obra do Centro de Excelência de Esportes, complexo esportivo bem no centro da capital. Apesar de a primeira licitação não datar a entrega da benfeitoria, notoriamente a construção excedeu é muito o tempo normal de execução. Pior que isso, as obras estão paradas há cinco anos. Desde que o estádio Olímpico foi colocado abaixo para a construção de um novo. Agora, Agência Goiana de Esportes e Lazer (Agel) e Agencia Goiana de Transportes e Obras (Agetop) lutam para retomar o projeto.
Segundo o engenheiro Lamartine Reginaldo da Silva, gestor empossado há dois meses para dar continuidade às obras, a retomada só depende da rescisão do contrato com a antiga empresa licitada para o serviço, a Eletroenge. O que pode acontecer nos próximos 30 dias. Isso se a empresa optar por facilitar a retomada da obra. Caso se sinta lesada com a quebra de contrato, a empreiteira encarregada da construção do centro desde 1999 pode retardar ainda mais o processo.
Transcorrendo conforme o planejado, Lamartine aposta na finalização da obra em até dois anos e meio. “Média de quatro meses para a readequação dos projetos e dois anos para a construção”, aponta o responsável por entregar o Estádio Serra Dourada aos goianos em 1975, no governo de Leonino Caiado.
O pontapé inicial para a retomada do projeto já foi dado. Na manhã de ontem, mesmo ainda não tendo o veredicto final do afastamento certo da antiga empreiteira, representantes da Agetop e Agel se reuniram com o arquiteto Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, o Xibiu. Ele ficará encarregado das readequações necessárias nas instalações do centro que promete ser o mais abrangente do País. Oferecendo suporte a diversas modalidades esportivas a exceção apenas de esportes náuticos. Ou seja, que usem embarcações.
Interdição
O pedido da retirada da Eletroenge do campo de obras foi sugerido pelo Ministério Público Federal (MPF), ainda em 2006, por irregularidades na obra. Na denúncia, o MPF dá conta de que primeiro projeto não estava completo. O que, além de causar demora na execução, dava margem a improvisos. “Havia o projeto estrutural, mas não o elétrico. O arquitetônico, mas não o ambiental”, enumera o novo gestor encarregado do centro de excelência e que teve acesso aos projetos.
Das quatro partes do complexo, apenas o ginásio foi devidamente finalizado. Mesmo assim, terá que passar por reforma antes da entrega do Centro de Excelência aos goianos. Nas outras, apesar do funcionamento também de algumas piscinas, quase tudo está pela metade.
Na área demarcada para sediar os esportes aquáticos ainda faltam à construção de uma piscina ornamental e de parte da arquibancada. No laboratório – prédio de quatro andares com espaço para alojamentos, academias e duas quadras esportivas – apenas as paredes estão prontas. O que seria o novo estádio com estacionamento subterrâneo está ainda pior. Não passa de um enorme buraco cercado por vigas.
Como o intuito do Centro de Excelência é receber eventos esportivos de grande expressão, Lamartine revela que boa parte do projeto terá que ser revisto. “Como foi planejado há muito tempo e não finalizado vamos ter que readequar algumas coisas segundo as novas normas impostas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB)”, explicou.
Nas próximas semanas, a equipe encarregada dessas readequações visita o Centro de Excelência Esportiva no Rio de Janeiro para ter idéia das novas tendências. A partir daí, aguardam o fim do processo judicial com a Eletroenge para licitar uma nova empresa. Os recursos para a construção são na maior parte do tesouro nacional (90%) com uma contrapartida de 10% do Estado.
Fonte: Jornal o Hoje
1 comentários:
Write comentáriosE uma vergonha passar ali no centro perto do antigo estadio olimpico e ver aquela obra inacabada . Precisamos urgente de outro estadio de grande porte para abrigar grandes eventos .
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