Trânsito de 7km/h na capital
Sair de casa no começo da manhã e no final da tarde é um desafio para a população de Goiânia. Os temidos horários de pico – de 6h às 8h e de 17h às 19h – são responsáveis por congestionamentos e horas intermináveis de trajeto percorridos a uma velocidade irrisória. De acordo com levantamento do programa Ponto a Ponto, consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) da Grande Goiânia, a Avenida Castelo Branco, sentido bairros, costuma registrar velocidade de 7 quilômetros por hora nesses períodos. No sentido Centro, o trânsito fica um pouco mais ágil, e a velocidade média passa para 13 quilômetros por hora.
O programa da empresa responsável pelo monitoramento foi lançado em setembro e já indica outras vias onde o tráfego fica lento na região metropolitana. A Avenida T-63, por exemplo, está na listagem das menos fluídas e registra velocidade entre 15 e 17 quilômetros na hora do rush. A Avenida Mutirão repete a média de 15 quilômetros por hora pelos veículos, enquanto a Avenida 85 chega a registrar entre 11 e 13 quilômetros por hora.
Ainda de acordo com a RMTC, outra área em que o trânsito fica praticamente parado nas horas de maior concentração de veículos é a região da Praça Cívica e toda a extensão da Tamandaré. No entanto, a empresa não faz acompanhamento da velocidade dessa vias.
De acordo com o doutor em Engenharia de Transportes Benjamim Jorge Rodrigues dos Santos, o grande responsável pela deterioração da qualidade do trânsito é o acúmulo de veículos nas ruas. Segundo ele, esse resultado é inevitável quando uma cidade do porte de Goiânia conta com mais de 1,1 milhão de carros e motos circulando diariamente.
Ele explica que a qualificação do trânsito no Brasil é mensurada por letras de A a F. “Os níveis A e B indicam um tráfego muito bom e fluído. A letra C é uma qualificação não tão boa, com algumas turbulências, mas é um índice aceitável para os países em desenvolvimento. Entre D e E, o trânsito é considerado como ruim, sem caber mais veículos. O nível F é caótico, com quilômetros de congestionamentos”, explica. De acordo com o doutor, a qualificação do trânsito na Capital goiana varia conforme os dias, mas deve ser controlado e mantido até à classificação C.
Além do crescimento da frota de veículos, o engenheiro de tráfego da Agência Municipal de Trânsito (AMT), Sérgio Bitencourt, aponta outros fatores como responsáveis pelas vias congestionadas. Segundo ele, as condições do sistema viário do município, sem muitas alterações há cerca de 30 anos, também contribui. Outra questão levantada por ele são as áreas de adensamento populacional previstas no Plano Diretor, em conjunto com a grande concentração de comércio, que não levaram em consideração o aspecto do trânsito.
Para o engenheiro, os semáforos de três tempos também são um problema. “Na 85 com a Mutirão, por exemplo, os sinaleiros que fecham três vezes em diferentes aproximações também prejudicam a fluidez da via. Mas, ao mesmo tempo, precisam ser mantidos para a melhor circulação dos ônibus urbanos”, argumenta.
Soluções
Dentre as várias possibilidades sugeridas pelos profissionais, a melhoria do transporte coletivo foi unânime. Segundo Benjamim, a tendência dos países desenvolvidos é investir na qualidade de ônibus, metrôs e demais veículos coletivos, uma vez que eles consomem menos malha viária por passageiro que os transportes individuais. Ele afirma que essa é a forma primordial de resolver o dilema, pois desafogaria o trânsito e aumentaria a velocidade de locomoção com menos carros e motos nas ruas.
“Nos horários de pico, o indicado é que os ônibus coletivos mantivessem uma velocidade média de 20 a 22 quilômetros por hora. Para os carros, considerando o mesmo período, o ideal seria de 25 a 30 quilômetros. Fora da hora do rush, para os veículos de passeio, o aconselhável seria manter uma velocidade de 40 a 50 quilômetros”, pondera Benjamim, a respeito de um possível estado de fluidez constante do trânsito de Goiânia.
A essa sugestão, Bitencourt aconselha ainda a separação dos ônibus dos veículos particulares. “A partir da construção de corredores exclusivos, a tendência é que o tráfego da Capital melhore muito. Se houver menos carros nas ruas e a possibilidade dos coletivos serem mais ágeis, as áreas congestionáveis diminuirão, com certeza.”
Embora essa pareça ser uma prioridade para os engenheiros e especialistas em trânsito, outras medidas paliativas estão sendo executadas na Capital. De acordo com a AMT, obras que visam melhorar a sinalização das ruas estão em andamento. “Boa parte da T-9, por exemplo, já passou por alterações. Foram retirados os sinaleiros de três tempos, proibidas as conversões à esquerda e o estacionamento ao longo da avenida”, cita o engenheiro de tráfego da agência.
Bitencourt diz que essas alterações na Avenida T-9 devem continuar até o final de 2012. Para o próximo ano, o mesmo processo deve ser realizado ao longo da T-7, também com foco no melhoramento do tráfego de Goiânia.
Sobre a questão da atual qualidade do trânsito na região metropolitana, o goianiense poderá ter acesso a informações detalhadas na próxima semana. Conforme a assessoria de imprensa da RMTC, na segunda-feira (5) deverá ser publicado o relatório do mês sobre o assunto, com análise das vias, da sinalização, entre outros itens analisados pela empresa por meio do programa Ponto a Ponto.
Fonte: Diário da Manhã
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