BRT e VLT - Entenda as diferenças

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O BRT (em inglês: Bus Rapid Transit) é um sistema de transporte público que possui alta capacidade de realizar um serviço rápido e eficiente. Com a utilização de corredores exclusivos, o BRT é atrativo por ser considerado um sistema moderno de transporte de massa sobre pneus. Apesar de ser baseado nos modelos de ônibus, o BRT não tem muita coisa de tradicional. Na prática, o sistema BRT demonstra potencial para reduzir as emissões de CO2. Na Cidade do México, pesquisas comprovaram que há redução de 35 mil toneladas de C02 por ano.

As propostas também incrementam o sistema de pré-pagamento de tarifa, embarque e desembarque mais rápidos através de plataformas elevadas no nível dos veículos, carros mais tecnológicos, integração modal em terminais, sinalização para o usuário e transferência entre rotas sem incidência de custo.

VLT é a sigla de Veículo Leve sobre Trilhos, tradução literal do inglês Light Rail Vehicle (LRV), que é um sistema de transporte que está entre o metrô e o ônibus convencional, e, geralmente, não tem a sua faixa de tráfego exclusiva. Dependendo da tecnologia adotada, um sistema de VLT pode garantir uma capacidade de transporte que varia entre 15 mil e 35 mil pass/h/sentido. É necessário verificar alguns conceitos importantes quando se fala em VLT, tais como: leveza – que propicia menor consumo energético e desgaste da via –; acessibilidade – através do piso baixo e rampa de acesso para cadeiras de rodas –; e flexibilidade – com bom desempenho operacional tanto em via exclusivas (desenvolvendo maiores velocidades), como em meio ao tráfego rodoviário urbano com cruzamentos ao nível das ruas e operação por marcha à vista. A distribuição de peso por eixo de um VLT é cerca de 3 a 6 toneladas menor que a dos metrôs e pode ser movido com diesel ou eletricamente.

Os VLTs existem em inúmeras cidades do mundo, principalmente na Europa, e, comprovadamente, produzem significativos benefícios, tais como ordenação do tráfego urbano, redução dos níveis de poluição, melhoria da mobilidade urbana, dentre outras. No Brasil, o primeiro sistema VLT implantado, mas que nunca chegou a funcionar, foi o de Campinas. Além de Maceió, que possui o sistema mais moderno do país, várias outras capitais já estão implantando ou estudam a viabilidade e vantagens do VLT.

Na Região Metropolitana

Aconteceu no dia 25 de outubro a apresentação pública do Projeto VLT de Goiânia que substituirá o corredor exclusivo que atende atualmente o Eixo Anhanguera interligando os extremos leste e oeste da capital. O projeto é composto por oito trechos distintos (Padre Pelágio, Dergo, Campinas, Centro Histórico, Setor Universitário, Praça da Bíblia, Palmito e Novo Mundo) e cinco terminais (Padre Pelágio, Dergo, Praça A, Bíblia e Novo Mundo) que cobrem mais de 13,5 km de extensão com 17 pontos de paradas ao longo do Eixo Anhanguera.

A execução do projeto está orçada em R$ 1,3 bilhão, com recursos públicos federais oriundos do PAC da Mobilidade 2- Grandes Cidades- pleiteado pela Prefeitura de Goiânia e cedido numa parceria com o governo estadual-, recursos estaduais decorrentes de empréstimos e também privados, oriundos de uma parceria público-privada (PPP). A licitação está prevista para novembro e o início das obras em janeiro de 2013, segundo o secretário da Região Metropolitana.

Já o Projeto de BRT da capital, mais conhecido como “Corredor Goiás Norte/Sul”, tem implantação prevista para janeiro de 2015. O corredor irá operar junto ao canteiro central das vias por onde passa e será de uso exclusivo dos ônibus. Serão mais de 80 veículos (30 articulados 52 convencionais/padron) e a estimativa é que sejam transportados quase 20 mil passageiros/hora nos horários de pico. Uma das vantagens é que, por ter vias exclusivas, o tempo de viagem será reduzido consideravelmente e com o controle informatizado, os veículos terão uma velocidade de 24 km/h, cerca de 3 km/hora mais rápido que o desempenho atual. O serviço de informação eletrônica aos passageiros também está previsto.

O BRT, no trecho Goiânia, sairá do Terminal Cruzeiro do Sul seguindo até o Terminal Recanto do Bosque, região Noroeste, com extensão total de 21,80 km. Para o corredor BRT está previsto o investimento de R$274 milhões. A maior parte dos recursos terá como fonte o governo federal, por meio do PAC da Mobilidade 2 (R$ 98 milhões). Como contrapartida o governo municipal irá dispor de R$95 milhões.





Fonte: RMTC Goiânia