Interrompido o projeto da fábrica de aviões Rekkof
Obra se encontra temporariamente suspensa. Mas há dúvidas de que o empreendimento venha, de fato, a se consolidar no Município
A empresa holandesa Rekkof Aircraft, especializada em montagem de aviões cogitou, em 2011, implantar uma fábrica em Anápolis. O estágio final da montagem previa a retomada da fabricação de versões melhoradas dos jatos regionais Fokker F70 e Fokker F100. O projeto foi muito alardeado na época. Hoje, todavia, as obras se encontram praticamente desativadas.
A previsão da indústria era de estar pronta no início de 2013. O primeiro avião projetado para ser montado em Anápolis era o F100, com capacidade de transportar 122 passageiros. Em média, as intenções da Rekkof são de que se produzam, aproximadamente, sessenta aeronaves por ano, um investimento estimado em R$ 1,2 bilhão.
O Secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, disse que esta obra se encontra, temporariamente, suspensa devido à crise que a Europa vem enfrentando. A empresa pediu esse tempo para que possa se organizar melhor. O Secretário afirmou que uma visita será feita à sede da Rekkof em breve. “Temos uma viagem agendada para a Holanda, ainda nestes próximos três meses, onde iremos definir a real situação do empreendimento. A área já foi cedida, mas ainda não é de propriedade da empresa”, explica. Segundo o Secretário, todos os empenhos e as demandas que foram solicitadas por parte do Estado já foram cumpridos, mas quem soluciona e decide, é quem possui o capital privado, ou seja, a própria Rekkof.
Em se confirmando a implantação desta fábrica, haverá muitas novas oportunidades de empregos para a população anapolina. De início, seriam disponibilizados, aproximadamente, dois mil empregos diretos e outros cinco mil indiretos. Um benefício que a cidade espera ansiosamente que aconteça. Alexandre Baldy ressalta que, com esses novos empregos e essa grande geração de renda, o desenvolvimento do Município continuaria a crescer mais ainda, pois, Anápolis só tem a ganhar.
É necessário enfatizar que a unidade que se construirá em Anápolis não será uma montadora, mas sim a primeira indústria aeronáutica da região. A Rekkof tem um aspecto importante que é trazer o conhecimento processual e, dessa forma, adicionar valores à mão-de-obra, gerando chances de contratação com salários entre R$ 25 mil e R$ 30 mil para os profissionais que atuam em áreas como engenharia mecatrônica, engenharia mecânica e mesmo profissionais de administração.
Mesmo que ainda o projeto não tenha saído do papel, outros planos como a fabricação de aeronaves de pequeno porte e, possivelmente, equipamentos de uso militar, já estão sendo estudados. As oficinas da fábrica estarão preparadas prestar serviços não só para a sede de manutenção daqui, mas também para diversas companhias aéreas atuantes no País.
“Vale lembrar que o trabalho que cabia ao Governo do Estado fazer, já foi feito. Agora, Anápolis torce e apoia para que, em breve, essas instalações deixem de ser uma espera e passem a serem ideias concretas”, concluiu o Secretário Alexandre Baldy.
Fonte: Jornal Contexto