Frota de táxi é três vezes menor que demanda

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Goiânia possui 1.470 concessões de veículos para atender população de mais de 1,3 milhão de habitantes.

A inclusão de 239 veículos à frota de táxi de Goiânia não resultou em facilidade para obter o serviço nas ruas da capital. Principalmente durante a noite e nos horários de pico ainda é preciso ter paciência para ter a chamada telefônica atendida pelas centrais de rádio táxi. Além da demora no atendimento, a espera pela chegada do carro pode ser ainda mais longa.

Quem precisa pegar um táxi em Goiânia normalmente enfrenta transtornos devido ao atendimento demorado e a falta de veículos disponíveis. A proporção de táxis por habitantes em Goiânia é de um carro para cada grupo de 844 pessoas. Mas, segundo o próprio sindicato dos taxistas da capital (Sinditaxi) o recomendado, com base em pesquisas de organizações não governamentais, seria de um táxi para cada 300 pessoas, ou seja, a frota teria de ser quase três vezes maior do que a atual.

Goiânia, de acordo com o último Censo do IBGE, tem mais de 1,3 milhão de habitantes, no entanto, passou a contar com uma frota de 1.470 táxis apenas no início de 2012. A quantidade de táxis ficou sem sofrer alteração por pelo menos 30 anos. Para se ter uma ideia, em São Paulo, onde a frota é de 33 mil carros, existe um taxista para cada 339 moradores, e mesmo assim, devido ao trânsito, conseguir um carro nos horários de pico não é tarefa fácil.

A reportagem testou, por telefone, o atendimento de cinco cooperativas goianienses durante a tarde de ontem. Além de um tempo mínimo de três minutos para ser atendido, em quase todas as empresas o veículo demoraria em média meia hora para chegar até o local solicitado: Avenida 136, Setor Sul. Quanto o tempo mínimo do trajeto com destino ao aeroporto de Goiânia, Setor Santa Genoveva, a demora é ainda maior. Em horário de trânsito pesado a estimativa foi de 40 minutos, mas os usuários garantem que a espera se estende além do que o informado pelo telefone.

Para o presidente do Sinditaxi, Siloni Antonio dos Santos Pacheco, o motivo dos transtornos enfrentados pele população é o aumento da demanda. “O sindicato tem desenvolvido um trabalho para popularizar o serviço. Não existe acréscimo de tarifa há quase quatro anos.” Ele acredita que a população está menos resistente ao transporte e que isso normalmente aumenta a reclamação do usuário.

Siloni ainda opinou dizendo que o aumento da frota não surtiu o efeito desejado. “Hoje falta táxi como antes das permissões novas entrarem em circulação. A nossa frota é a terceira mais escassa do País.” O sindicato atualmente trabalha em cima de uma pesquisa que deverá apontar quantas novas permissões realmente devem ser futuramente aprovadas pela prefeitura.

Porém, não desqualificou o processo licitatório finalizado no início deste ano. “O processo foi muito correto, ganhamos experiência. A população ganhou uma frota nova, com motoristas selecionados, taxistas profissionais.” Ele afirmou que desde 2008 a quantidade de passageiros que utiliza o serviço dobrou. “O taxista fazia no máximo nove corridas por dia, hoje é comum fazer pelo menos 20”, disse.

Fonte: Jornal o Hoje