Número de vagas para cotista gera polêmica

22:42 2 Comments A+ a-



Aprovado no Senado, projeto de lei prevê reserva de 50% das vagas das universidades públicas para parcela preestabelecida .

O projeto de lei recentemente aprovado pelo Senado que institui mudanças no sistema de cotas sociais ofertadas pelas instituições federais com cursos superiores, se sancionado pela presidente Dilma Rousseff, poderá elevar o número de vagas para vestibulandos cotistas da Universidade Federal de Goiás (UFG) – em até 165% (veja box). Atualmente, a instituição trabalha apenas com o programa UFG Inclui, que destina 20% das vagas para sistema de cotas. Desta parcela 10% são para estudantes que frequentaram escolas públicas e 10% para negros também oriundos do mesmo tipo de instituição de ensino.

A obrigatoriedade, já aprovada pelos senadores do País, exige que no período de quatro anos as unidades de educação federal terão de separar 50% das vagas para estudantes de escolas municipais e estaduais. A matéria estabelece que as vagas sejam todas destinadas aos candidatos que tiverem cursado todos os anos do ensino médio em escola pública.

Em Goiás, apenas a UFG poderá ser afetada com a mudança. Outra unidade federal de ensino no Estado é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), que já destina 50% das vagas para o sistema de cotas. Desde que o Congresso Nacional se posicionou favorável à medida, o assunto se tornou polêmico. De um lado estão os estudantes da rede pública de ensino; de outro, os alunos da rede particular que repudiam o aumento das reservas de vaga.

No domingo (19/08), estudantes de escolas particulares protestaram nas ruas de Goiânia. Com faixas e carros de som, eles pediram o veto presidencial para a medida. O protesto foi apelidado de “Marcha do Todinho”, mas oficialmente o movimento foi intitulado: “Não Cotas, Sim Educação.”

Impacto
O reitor da UFG e vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira, avaliou o impacto geral que a lei pode gerar nas universidades. Ele se posicionou a favor das cotas, mas também considerou que a medida pode ir contra o princípio de autonomia da instituição. “A cota é importante para inclusão de uma geração que não tem alternativa. Mas cada região tem sua realidade, além de outros fatores que devem ser levados em consideração.”

Entre os outros fatores está a permanência do aluno na universidade. Edward defende maior atenção para recursos referentes à condição básica para que o universitário, uma espécie de bolsa permanência. “Não é só incluir, temos que oferecer recursos referentes à manutenção, casa para o estudante e alimentação. Essa fatia é muito carente.”

Fonte: Jornal O Hoje

2 comentários

Write comentários
Aracy Regina
AUTHOR
21 de agosto de 2012 às 23:16 delete

Fico pensando..... por que tem que haver cotas?? Será que os alunos de escola pública são menos competentes??? Então... por que não melhoram o ensino??

Reply
avatar
Anônimo
AUTHOR
6 de setembro de 2012 às 20:03 delete

Programa de exclusao dos alunos mais preparados , exclusao de quem se capacitou melhor

Reply
avatar