Após reabertura, Zoo perdeu 16 animais
As mortes registradas têm diversas causas e o diretor do parque diz que não há motivo para se preocupar.
Reinaugurado há quase quatro meses, após passar por um longo período de reformas, o Parque Zoológico de Goiânia continua a perder animais de seu plantel. Nos primeiros meses de visitação do público – durante as férias escolares, o local chegou a receber 200 mil visitantes- pelo menos 16 animais morreram por decorrências diversas. Uma média de quatro mortes a cada 30 dias. No mesmo período apenas um bicho nasceu nas dependências do parque. Segundo relatório de atividades semanal divulgado no site institucional da Prefeitura de Goiânia, outros seis estão doentes (veja box).
Com mais de 56 anos de existência e com o registro de inúmeras mortes (box), o zoológico passou por sua primeira reforma após um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a diretoria do local e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídrico (Ibama). O objetivo era readequar as acomodações dos animais, que até então eram consideradas pelo Ministério Público Estadual (MP-GO) como péssimas. As obras sofreram uma série de atrasos e foram concluídas três anos depois do seu início.
Mas, mesmo assim, as mortes ainda são recorrentes. Em junho, dois exemplares de veado-cantingueiro morreram. Um deles, filhote que nasceu fraco. Acredita-se que o bicho com frio e sem se alimentar morreu de hiportemia. O outro, um adulto, apresentou diminuição do apetite durante duas semanas e perda severa de peso. Mesmo sendo medicado via dardo todos os dias, o animal teve pneumonia grave e também veio a óbito.
Outra grande perda para o zoológico foi a de um primata Mandril. Ele habitou o Zoo por 16 anos. Sua morte foi registrada na última semana de junho. Segundo o relatório, o animal teve um mal-estar súbito – observado pelos visitantes – e mesmo com a rápida chegada dos técnicos não foi possível nenhuma intervenção. O Departamento de Patologia da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás verificou moderada hemorragia abdominal, fratura da coluna, ruptura do diafragma e invasão do tórax.
Correlacionados
O responsável pelo núcleo de fauna, recursos e pesquisas do Ibama, Leo Caetano, disse que é necessário analisar a causa morte de cada animal. Se os casos são correlacionados, ou seja, apresentam o mesmo motivo, “a gente tem um problema.” Se motivos iguais forem identificados por meio de exames realizados pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em pelo menos cinco animais, “as mortes podem ser consideradas preocupantes”. A maioria dos exames de autópsia ainda não foi liberada.
Ele ainda defende que, por outro lado, se as mortes não estiveram interligadas, ainda não é possível considerá-las, sem uma análise individualizada, como normais. “Por isso, não é fácil essa consideração”, afirma. Ele ainda ressaltou que acompanha as atualizações da equipe do Zoo publicadas no site mantido pela Prefeitura de Goiânia. “Grande parte ainda não possui o laudo de morte finalizado”, lembra.
Fonte: Jornal O Hoje
1 comentários:
Write comentáriosVai votar no Paulo gracinha, PT e PMDB, dá nisso
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