Governo estadual fecha o Huapa
Hospital concebido pelo governador Marconi Perillo nunca funcionou adequadamente, deixando a população de Aparecida de Goiânia sem uma unidade de referência na saúde.
Descaso, falta de investimentos, desinteresse. São muitas as explicações para o fechamento do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia. O centro médico, que teve a construção iniciada no segundo governo de Marconi Perillo (PSDB) nunca chegou a funcionar com toda a sua capacidade. Sua concepção era de um novo Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia), e teria como objetivo desafogar aquela unidade, prestando um serviço de qualidade para a população de Aparecida de Goiânia. Na prática isto nunca aconteceu.
O Huapa já teve dificuldades desde a edificação. A obra foi paralizada várias vezes por erros estruturais. Antes de ser entregue à população, foi preciso corregir problemas na fundação do prédio. Seguiram-se então inúmeros inaugurações e reinaugurações, mas nada de fazer o hospital funcionar como deveria ser.
Além das várias inaugurações até funcionar precariamente, o Huapa passou por mudanças na administração. Após longos impasses, a responsabilidade pelo hospital ficou a cargo da Organização Social Salute do Rio de Janeiro, segundo nota de esclarecimento disponível no portal saude.go.gov.br.
No quesito saúde, mesmo com o prédio pronto, as notícias foram sempre de faltas de leitos hospitalares e vagas em UTI. Por que obras concebidas pelo governador Marconi Perillo, não desempenham o papel aos quais foram planejadas? Se é que foram planejadas para funcionar. Caso semelhante é o Centro Cultural Oscar Niemeyer que já foi inaugurado “trocentas” vezes, mas continua sem funcionar direito..
Ao longo dos anos o atendimento limitado do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia deixou uma consequência imediata para a população: a sobrecarga em outras unidades de saúde e muita demora.
Pacientes que dependem da rede pública de saúde sempre tiveram dificuldades para conseguir vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa).
A interdição do Hospital de Urgência de Aparecida de Goiânia (Huapa), na última sexta-feira (22/6), pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) é mais um triste capítulo do descaso da administração do governador Marconi Perillo com a saúde dos aparecideneses. O MPT realizou uma operação conjunta com o Conselho Regional de Enfermagem (COREN) e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO). De acordo com a superintendência, após inspeção, ficou comprovado o risco biológico e químico que pacientes e trabalhadores da saúde estavam submetidos.
Conforme foi divulgado pela SRTE, a interdição foi motivada pelas condições insalubres e perigosas existentes na unidade de saúde. Durante vistoria, foram encontrados trabalhadores sem equipamentos de proteção individual (EPI) e sem vestimenta adequada, o que não é permitido.
Outra irregularidade encontrada é, segundo a superintendência, o grande acúmulo de lixo e falta de higiene em vários setores do hospital. Durante reunião entre a diretoria do Huapa e representantes do MPT, na tarde de sexta-feira (22/6), ficou definido que a unidade de saúde deve se adequar imediatamente às condições de higiene exigidas. O hospital terá 48 horas para limpar os setores e providenciar os equipamentos de proteção básicos aos servidores.
Fonte: AparecidaNet.
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