Lombadas reduzem mortes nas BRs
Antes dos redutores de velocidade nas estradas, 32 pessoas foram atropeladas no local. Após os aparelhos, foram 15.
Desde que foram instaladas lombadas eletrônicas no trecho urbano das BRs goianas – no ano passado –, o número de atropelamentos nas rodovias federais diminuiu 35,64%. Entre janeiro e julho de 2011, a Polícia Rodoviária Federal registrou 101 atropelamentos, com 104 feridos e 32 mortes. Já no mesmo período deste ano, os números caíram para 65 atropelamentos, 81 feridos e 15 mortos. Para os especialistas, além da conscientização dos motoristas e dos equipamentos redutores de velocidade, a atitude dos pedestres – que tiveram seu dia comemorado ontem – e a construção de passarelas estão entre as causas para que o número de atropelamentos caia.
Assessor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Newton Morais acredita que a instalação das lombadas que está ocorrendo em todo o Estado, principalmente em áreas de perímetro urbano, tem sido uma boa saída para diminuir os atropelamentos porque só a presença delas já inibe os motoristas que costumam trafegar em alta velocidade. “Mesmo antes de elas começarem a multar o número de acidentes e atropelamentos já caiu significativamente”, afirma.
Segundo ele, quase 15 novas lombadas estão sendo implantadas entre as cidades de Ceres e Porangatu, local mais crítico do Estado, também com a intenção de diminuir tanto em número de acidentes, como de atropelamento. “Esse tipo de estratégia tem se mostrado eficiente. Aqui na região metropolitana, por exemplo, entre o Ceasa e o Posto Aparecidão, tínhamos uma média de cinco atropelamentos por mês. Depois que instalamos os redutores de velocidade, a situação mudou. Este ano, foram só cinco em sete meses,” relata o inspetor.
Passarelas
Em toda a região metropolitana existem sete passarelas, número considerado insuficiente pelo assessor da PRF. “Temos pelo menos 26 quilômetros de muita movimentação de carros, motos, carretas, caminhões e pedestres e dezenas de bairros que margeiam a rodovia, principalmente em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Precisamos de mais passarelas porque a rodovia é um local onde os veículos trafegam em alta velocidade”, argumenta Newton Morais. Ele afirma que na região do Paço Municipal, por exemplo, existe a necessidade de uma passarela. “As pessoas ficam muito tempo esperando para conseguir atravessar e, mesmo assim, correm riscos.”
Ex-chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Goiás, Álvaro Rezende afirma que, mesmo que os números de atropelamentos sejam positivos, ainda é preciso instalar mais redutores de velocidade e passarelas para facilitar o convívio entre motoristas e pedestre. Além disso, ele destaca a importância de outras mudanças, como interdições e mais sinalização. “Na realidade precisamos também fazer intervenções, evitando que o pedestre passe por baixo. Ele, muitas vezes, não quer caminhar um pouquinho mais, então, precisamos lidar com isso.”
Fonte: Jornal O Hoje
1 comentários:
Write comentárioscaro blogueiro, talvez valesse a pena também citar o nome do reporter e não somente o jornal.
Reply