Goiânia registra menor inflação do País no ano

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Mesmo com alta de 0,48% em agosto, a segunda maior do Brasil, acumulado de 7 meses registra taxa de 2,66%.

A prévia da inflação em Goiânia, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15), acelerou 0,48% em agosto, bem acima dos 0,37% de julho e quase o dobro do registrado em agosto do ano passado (0,26%). Alimentação, transportes e habitação puxaram o resultado para cima. No ano, o acumulado da inflação registrou alta de 2,66%, portanto, menor que os 4,01% somados nos sete meses iniciais de 2011.

A inflação mensal em Goiânia é a segunda maior do País, atrás apenas da alta de 0,69% registrada em Fortaleza. A média nacional subiu 0,39%. No acumulado do ano, o resultado na capital é o menor registrado no País que acelerou 3,32%. A maior alta nacional no ano foi a de Recife (4,26%).

Nos últimos 12 meses Goiânia acumula inflação de 4,75%, a segunda menor, após São Paulo (4,54%) e menor que a média registrada no País (5,37%). O IPCA 15 é uma prévia da inflação oficial, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e abrange famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. De acordo com o economista Fábio Silva, a maioria das altas mensais está atrelada a questões climáticas. A expectativa é de novas altas nos próximos meses.

De um mês para o outro o grupo de alimentos e bebidas ficou 0,78% mais caro na capital. O preço do tomate voltou a subir: ficou 33,27% mais caro entre julho e agosto e pesou com mais força na alta de 15% no subgrupo composto por tubérculos, raízes e legumes. O item segue em alta em todo o País, com alta de 63% em Salvador e de 46% no Rio de Janeiro. Após um longo período de altas, o feijão carioca rajado ficou 7,77% mais barato.

O grupo habitação, embora tenha peso pouco menor que a alimentação, acelerou com mais força e subiu 1,12% em agosto. Itens como mudança, ferragens, sabão e outros artigos de limpeza ficaram mais caros. A energia residencial também teve peso maior nos bolsos das famílias goianieses. De um mês para o outro, o item ficou 3,95% mais caro.

O subgrupo eletrodomésticos apresenta alta de 2,28% na prévia da inflação, por conta de altas pontuais no preço do forno microondas e do conserto e manutenção de alguns equipamentos. Ainda com a desoneração do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), a maioria dos aparelhos mostra quedas nos preços, com destaque para o televisor (-3,53%) e da máquina de lavar roupa (-1,19%). Despesas pessoais mostram alta de 0,84%, saúde e cuidados pessoais (0,34%), vestuário (0,32%) e educação (0,29%).

Quedas
Apenas dois dos nove grupos pesquisados apresentaram queda em agosto. A maior delas foi do grupo comunicação, com apenas um item (aparelho telefônico) consultado pela pesquisa e que apresenta queda de 1,99%.

No grupo transportes a deflação foi pequena, de -0,04%, por reduções de -1,25% no preço do automóvel novo e de -1,03% no usado. A passagem aérea também ficou mais barata este mês. A redução em Goiânia foi de -3,77%, menor que a queda média do País (-4,58%). A alta no grupo ficou por conta da tarifa interestadual de ônibus (14,41%) mais cara.

Fonte: Jornal O Hoje