A festa dos shoppings centers
Com o crescimento econômico de Goiânia, aliado à ascensão do poder de compra das classes C, D e E, os shoppings centers pedem licença para passar. O mercado chegou com total apoio do governo, estimulado por compradores ávidos por entretenimento, passeio e compras.
E a capital de Goiás não é a mesma. A entrada dos novos consumidores acelera o lançamento de shoppings por toda a cidade, das zonas centrais há periféricas. Só no Centro-Oeste existem 36 shoppings levantados. Em Goiás há dez shoppings em operação, sendo o décimo estado em número de levantamentos, segundo Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce).
Já em Goiânia são sete shoppings construídos, entre eles, referências nacionais em infraestrutura, como o Flamboyant Shopping e o Goiânia Shopping. Em 2012 serão inaugurados mais três no estado: Outlet Premium Brasília em Alexandria, Luziânia Shopping em Luziânia e Águas Lindas Shopping, em Águas Lindas de Goias.
Outros começaram a se erguer esse ano, como é o caso do Passeio das Águas Shopping, do Sonae Sierra. O empreendimento foi construído em uma área de 280 mil metros quadrados, localizada na região norte da cidade, na Avenida Perimetral Norte. A área de influência do empreendimento atingirá uma população de aproximadamente 1,6 milhão de pessoas.
O shopping ainda contará com 282 lojas, entre elas 10 restaurantes. Ao todo, serão 1600 postos de trabalho gerados durante o período da obra e 6300 empregos diretos serão criados após a inauguração. Segundo o coordenador executivo da Sonae Sierra, José Baeta Tomás, Goiânia começa a se transformar em um grande celeiro de empreendimentos.
“Com diversas indústrias vindas para Goiânia, aliado à grande circulação de pessoas e empregos, a cidade vive uma explosão de construções. Nunca houve em Goiás um momento tão próspero para bons investimentos. As vendas estão boas e as indústrias crescem. Esse boom de shoppings começou e não tem data para parar”, afirma Tomás.
E os novos projetos arquitetônicos tomam conta das redes de shoppings vindos para a capital. Com alta tecnologia e diferencial urbanístico, o Passeio das Águas Shopping adota soluções ecoeficientes que visam redução de energia e de água. Além disso, o que os novos empreendimentos querem, é, antes de tudo, lazer, entretenimento e conforto.
“Acreditamos no mercado da região e iremos oferecer à população um projeto moderno, não apenas um espaço para compras, mas uma nova experiência de lazer, conveniência e convivência na cidade de Goiânia”, reitera o coordenador Tomás.
Consumo insaciável
O boom dos shoppings é uma justificativa do crescimento econômico das capitais brasileiras. Grandes empresas migram param cidades em expansão, como Goiânia. O resultado é um crescimento para todos os lados, com inúmeros celeiros imobiliários e logísticos.
Com a redução do número de inadimplência dos brasileiros, e, consequentemente dos goianos, os consumidores querem comprar à médio e longo prazos. Os shoppings já que não ficam mais lotados de compradores só em datas comemorativas ou nos finais de ano.
Segundo o economista Gustavo Bueno, a disseminação dos shoppings centers é uma tendência mundial. “Eles reúnem no mesmo local, dezenas de lojas que comercializam uma gama diversificada de produtos. Além disso, há praças de alimentação que incluem fast food, comidas típicas e até restaurantes sofisticados, podendo dispor ainda de cinemas, teatros e áreas de entretenimento infantil.”
Essa diversificação de lazer atrai os consumidores. Em Goiânia, especificamente, os novos shoppings construídos, à exemplo do Passeio das Águas Shoppings, terá uma sofisticada decoração com espelhos de água e áreas abertas de convivência. “Os shoppings começam a repensar as suas infraestruturas de acordo com o gosto do público.”
Os empreendimentos da capital ainda promovem em seus espaços internos ou externos, shows e exposições de cunho cultural ou comercial. “Essa diversidade de opções é oferecida ao público respaldada em uma infraestrutura física e de serviços auxiliares. Isso chamam atenção de diversas classes e diferentes públicos.”
Além disso, os shoppings de Goiás empregam, segundo a Abrasce, 18 mil empregados de diversificadas áreas. “As lojas, na sua maioria, requerem de seus empregados um nível de instrução correspondente ao segundo grau completo. Em Goiânia eles dão preferência aos estudantes universitários, mesmo sem experiência de vendas e outras atividades do comércio.”
Fonte: Tribuna do Planalto