Amob tenta resolver alagamento

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Wanessa Rodrigues

Demorou, mas a Agência Municipal de Obras (Amob) iniciou ontem as obras para tentar resolver o problema na boca-de-leão do Córrego Serrinha, na Avenida Feira de Santana, no Parque Amazônia. No local, será instalada uma caixa com grelha, para ajudar no escoamento de água proveniente da chuva e, consequentemente, evitar alagamentos e acidentes. 

Em outubro deste ano, Bruna Rodrigues Pereira, 22 anos, morreu após ser arrastada pela enxurrada e, posteriormente, sugada pelo bueiro. O diretor de operações do órgão, Paulo Kruk, reconhece que a medida não resolve totalmente o problema, mas soluciona em pelo menos 70%. A previsão é que tudo seja concluído até o início da próxima semana, inclusive com a colocação de grades de segurança no local. 

A explicação para a demora no início da intervenção, segundo Kruk, é a alta demanda de obras em Goiânia em épocas de chuva. Além disso, o número reduzido de pessoal para realizar os trabalhos também influencia. O diretor revela que há déficit de 200 profissionais “braçais” na Amob – o último concurso realizado para preencher vagas no órgão foi há 12 anos. Para suprir esse déficit, ele conta que 70 profissionais da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) foram para o órgão. Outros 30 devem ser passados nos próximos dias. O restante do pessoal, diz o diretor, serão colocados à disposição do órgão até o início do próximo ano.  

Grades
Kruk observa que, por meio da intervenção na Feira de Santana, a água que desce pela avenida vai passar primeiro pela caixa com grelha e, o que sobrar, irá para a boca-de-leão. O equipamento, que mede dez metros de comprimento por um de largura, será instalado no chão. A água que passará pela caixa cairá diretamente na rede pluvial. Ele esclarece que cinco grades de metal (de dois metros cada) ficam na pista, mas que isso não influencia no fluxo de veículos. 

Para resolver totalmente o problema, Kruk diz que é necessário ampliar a rede pluvial da região. Segundo ele, estão em andamento estudos para que isso seja realizado, inclusive com previsão de iniciar, em breve, para intervenções no sistema do Jardim América, que influencia diretamente no Parque Amazônia. O diretor lembra que, com a obra no local, minimiza-se um dos pontos mais críticos da cidade em épocas de chuva. 

Conforme Kruk, outro ponto crítico em relação aos alagamentos, que era na Avenida T-9, também já foi resolvido. O diretor afirma que as intervenções são realizadas à medida que é necessário, mas que há projeto para resolver os problemas com bocas-de-lobo em toda a cidade.


Fonte: Jornal o Hoje