Áreas de risco ainda persistem
Em um ano, o cenário das áreas de risco em Goiânia sofreu poucas alterações, conforme mostra levantamento da Defesa Civil de Goiás. Em 2010, o relatório apontava dez locais dessa natureza, com um total de 187 residências e 775 pessoas. Este ano, a lista mantinha, até pouco tempo, as mesmas características. Com a transferência de 53 famílias do Jardim Guanabara II e três no Celina Park, de onde foram retiradas 253 pessoas, passaram a ser oito áreas e 522 famílias que ainda residem em locais onde há risco de ocorrer desastres relacionados a desabamentos e inundações.
O capitão Pedro Borges de Lira, chefe da sessão de planejamento da Defesa Civil, explica que, mesmo diante do número de transferências, o cenário de áreas de risco na capital tem sido minimizado ao longo dos anos. Ele lembra que, em 2005, por exemplo, eram registradas 15 locais com essas características em Goiânia, sendo que aproximadamente duas mil pessoas moravam nesses locais. Além disso, observa ele, nas áreas que restaram não há nenhum de alto risco, apenas avaliados como médio e baixo.
Transferências
O baixo número de transferências com base no monitoramento da Defesa Civil, diz o capitão, não quer dizer que o poder público não tenha tomado providências. Porém, explica, não significa que a situação atual seja a correta. “O ideal seria que não tivéssemos nenhuma dessas áreas. Mas estamos caminhando para eliminar todos essas áreas”, diz.
Para ajudar a monitorar esses locais e não deixar que outros entrem para a lista de risco, a Defesa Civil conta agora com mais uma ferramenta. Esta semana, o grupo pode fazer o primeiro monitoramento aéreo, junto com o Ministério Público, das áreas. Segundo capitão Carlos, assim como é feito por terra, o trabalho com auxílio de helicóptero será feito de forma frequente. “Com o trabalho feito por espaçamento aéreo, podemos ter uma percepção melhor das áreas de risco”, diz o capitão.
No primeiro voo, feito junto com membros do MP, esta semana, o helicóptero do Corpo de Bombeiros fez o monitoramento da Vila Coronel Cosme II, Invasão Emílio Póvoa, Setor São José, Vila Fernandes, Setor Urias Magalhães e Jardim Guanabara III. Segundo o capitão Carlos, verificou-se que a situação das áreas está de acordo com o monitoramentos anteriores. Porém, segundo dia, será preciso estudar outras áreas da capital, como o Morro do Mendanha, na Serrinha. “Isso não quer dizer que lá (no Morro do Mendanha) seja área de risco, mas, futuramente, pode vir a ser se não forem tomadas ações.”
Fonte: Jornal O Hoje
1 comentários:
Write comentáriosquero saber sobre o setor cojunto caiçara pois tambem é area de risco e toda vez que chove alaga
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