Dengue recua 63,10% em relação a 2010

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O mais recente boletim epidemiológico disponibilizado pela Secretaria da Saúde, por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), referente à 48ª semana do ano, apontou notificação de 40.825 casos de dengue em todo o Estado. Números que segundo explica a Superintendente de Vigilância em Saúde, Tânia Vaz, são 63,10% menores que os indicadores da mesma época em 2010. “Este ano, entramos no período chuvoso com um cenário bem mais promissor. Além das notificações, a quantidade de óbitos em virtude da dengue – 24 neste ano – também caíram 73% em relação ao ano passado”, informa.


“Ações ostensivas de controle de vetores, aumento do número de agentes com intensificação das visitas, parcerias com a sociedade civil organizada, ações integradas entre as várias instâncias governamentais, a colaboração dos meios de comunicação e da população têm sido fundamentais para a diminuição dos indicadores”, avalia a profissional.

Mas, apesar do cenário positivo em relação ao ano passado, Tânia adverte que a sociedade não pode descuidar das ações de prevenção à doença, que tem caráter endêmico e se prolifera rapidamente. “Especialmente com a entrada do sorotipo 4, a preocupação com a prevenção deve ser ainda maior”, ressalta.

Luziânia
Com 1,5 mil casos notificados, Luziânia ultrapassou Anápolis e, no ranking das cidades goianas com maior risco epidêmico de dengue, se encontra em terceiro lugar. Antes dela estão Aparecida de Goiânia (2º) e Goiânia (1º). No total, 87 municípios de Goiás se encontram classificados nesta lista.

Segundo Tânia, estes números na cidade do Entorno do Distrito Federal motivaram ações intensas da SVS no local, nos meses de novembro e dezembro, em parceria com a administração municipal e a população. “Realizamos na semana retrasada uma grande capacitação para todos os profissionais de saúde da região, na qual enfocamos, entre outros aspectos, o manejo clínico para diagnóstico e tratamento da doença, o mais rápido possível, com vários profissionais, inclusive de Goiânia”, explica.

A superintendente disse ainda que a SVS solicitou à administração do município o aumento do número de visitas nos lares e o aumento da pulverização, tanto de rua, quanto nas bombas nos domicílios. “Fatores como a situação geográfica do município, manejo indevido do lixo, sistemas de água e esgoto precários e alto índice de pendência (imóveis fechados) que, em Luziânia gira entre 14% e 18% - tendo em vista que o aceitável é de até 10% - são fatores que devem ser melhorados no sentido de garantir o melhor controle sobre o vetor da dengue”, analisa. (Goiás Agora)

Fonte: Jornal o Hoje