Falta iluminação, sobram acidentes
Das 221 ocorrências registradas neste ano, 74 foram à noite. No ano passado, no mesmo período, aconteceram 18 óbitos.
Transitar no perímetro urbano da BR-153, entre a capital e Aparecida de Goiânia, tem sido no mínimo preocupante, tanto para condutores quanto para pedestres, especialmente no período noturno. Um dos motivos é a falta de iluminação, problema que já dura anos e ocasiona uma verdadeira batalha judicial para identificar de quem é a responsabilidade. Apesar de a maioria dos acidentes ocorrer durante o dia, a Polícia Rodoviária Federal de Goiás (PRF/GO) registrou 74 ocorrências noturnas, em que houve 24 feridos até o fim de maio. No total, foram 221 acidentes no trecho e a única morte ocorrida foi à noite.
No ano passado, 451 acidentes sucederam de dia no trecho da rodovia que passa por Goiânia, os quais deixaram 200 feridos e fizeram oito óbitos. Já à noite, o número de desastres foi menor, 253, com 144 feridos, mas a quantidade de mortes foi maior, somando 18 óbitos.
O assessor de comunicação da PRF/GO, inspetor Newton Morais, afirma que a falta de iluminação é um dos fatores que contribuem para que os números sejam negativos nas estatísticas de acidentes. Durante o dia, segundo ele, a visibilidade é maior, mas à noite a visão dos motoristas fica limitada, ainda mais sem as luzes necessárias para ajudar a conduzir o veículo em trechos perigosos.
O problema, junto aos fatores embriaguez ao volante, atropelamentos, carência de passarelas para a travessia de pedestres e pessoas que não utilizam o acesso para chegar até o outro lado da estrada, torna o perigo ainda maior. À noite, as chances de acontecer tragédias também aumenta. “A gravidade dos acidentes é maior durante a noite, por isso a iluminação é tão importante, mas agregada a esses outros fatores”, destaca o inspetor Newton Morais.
Fonte: Jornal o Hoje