Especialistas divergem sobre metrô
Professor acredita que Goiânia já deveria ter implantado veículo de massa, mas presidente da CMTC discorda.
Goiânia não precisa de metropolitano – o popularmente conhecido metrô. Este é o posicionamento da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), na pessoa do presidente José Carlos Xavier, o Grafite. Mesmo já tendo atingido a marca dos 1,5 milhão de habitantes, a região metropolitana da capital goiana, na visão de quem gere o ramo na cidade, ainda não precisa se preocupar com a implantação de transporte de massa que visa o médio e o longo prazos. No entanto, especialistas em trânsito discordam e acreditam que a questão deveria ser prioridade enquanto política pública.
Atualmente, os braisleiros contam com metrô em apenas cinco capitais. São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e Brasília foram as únicas que estruturaram, ainda que com curtas ramificações, esta alternativa cara, porém de resolução definitiva. Especialistas brasileiros estimam em 100 milhões de dólares o custo de implantação de cada quilômetro de metrô.
O assunto volta à tona, vez que a presidente Dilma Rousseff anunciou investimento conjunto de R$ 32 bilhões entre governo federal, Estados e municípios, no âmbito do PAC Mobilidade Grandes Cidades, para a construção de 600 quilômetros de vias, 200 quilômetros de trilhos, 381 estações e terminais e aquisição de 1.060 veículos para sistemas sobre trilhos em 51 municípios brasileiros, dentre os quais Goiânia, como maneira de priorizar o transporte de massa como principal forma de deslocamento nos grandes centros urbanos.
Necessidade
Para o professor Benjamin Jorge dos Santos, doutor em Engenharia de Trânsito, “toda cidade, assim que atinge 500 mil habitantes, precisa planejar a implantação de transporte de massa, como metrô ou VLT [veículo leve sobretrilhos]”. E que a questão já deveria ter figurado como prioritária em Goiânia há algum tempo. “Já estamos com quase um milhão e meio de habitantes e não vemos algo concreto sendo feito.”
Já na opinião do presidente da CMTC, “temos um histórico muito ruim de investimento em transporte, que foi muito pontual nos últimos 30 anos”, o que seria a causa da atual situação em que se encontra a rede de transporte de Goiânia e da região metropolitana. No entanto, ele acredita que o recurso destinado à capital pelo PAC deve ser aplicado em mais corredores prioritários, como o que está sendo finalizado na Avenida Universitária, que, segundo ele, seria suficiente para atender a demanda hoje apresentada na cidade.
“Temos 13,6 quilômetros de vias no Eixo Anhanguera, 22 a serem implementados no Norte-Sul, e pretendemos criar mais 102”, ressalta Grafite. E defende: “Isso é o suficiente para os próximos dez anos”. Perguntado se estas medidas não passam de paliativos, ele contesta. “Metrô é uma solução limite. Se organizarmos nossa rede, conseguiremos suprir a demanda. A questão é ter uma cidade planejada. Para que gastar dinheiro com alguns projetos, se pode haver alternativas? Refuto a ideia de que haja necessidade do metrô como panaceia para resolver alguns problemas.”
Fonte: Jornal o Hoje
3 comentários
Write comentáriosPresidente da CMTC tem essa opinião porque não é usuário do precário e caro transporte coletivo de Goiânia.
ReplyO Presidente da CMTC é um chupa-rola subdesenvolvido, engolidor de piroca medíocre que vale menos que um peido engarrafado.
ReplyO Presidente da CMTC diz tanta asneira que dá vontade de pegar uma daquelas estacas toscas do viaduto da T-63 e socar na bunda desse escroto.
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