Passagem de ônibus deve chegar a R$ 2,50
A passagem do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia deve passar para R$ 2,50 a partir do próximo mês. A planilha com o reajuste de 11,11% (em relação ao valor atual de R$ 2,25) já foi feita pelos empresários e o valor estaria abaixo dos custos operacionais – o valor ideal seria R$ 2,68, segundo a mesma planilha.
As empresas já teriam até mesmo a arte dos novos panfletos para serem afixados nos ônibus pronta. O aumento seria menor do que os 12,5% concedidos em 2009, época em que as tarifas foram reajustadas pela última vez – o contrato entre as concessionárias e a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) prevê reajustes anuais, sempre em abril.
O aumento não inclui o valor do bilhete do Eixo Anhanguera, que é controlado pela Metrobus (empresa do governo do Estado). Porém, nos últimos anos, toda vez que as empresas privadas majoraram as passagens, a Metrobus acompanhou. A passagem hoje no Eixo é subsidiada e custa R$ 1,15.
Porém, as partes envolvidas negam o valor do reajuste. A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) diz que ainda não iniciou estudo sobre o reajuste da passagem de ônibus, que é feito só pelo órgão. A Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), que representa as empresas, diz que só a CMTC realiza o reajuste e não participa de negociações a este respeito. A Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC), que recebe o estudo da CMTC e delibera as modificações, afirma que nada ainda foi discutido.
O contrato ainda garante que o cálculo da tarifa será composto por aumento real de 15% até 2013. No último aumento, 5% seria deste reajuste real. De acordo com o contrato, o reajuste é baseado em alguns índices, como a variação do preço dos combustíveis, indicadores inflacionários, demanda de passageiros, quilometragem, equipamentos dos veículos e outros. Também pelo documento, a deliberação deve acontecer até o último dia de abril.
Segundo informações da CMTC, o reajuste ainda não foi deflagrado na companhia e o estudo ainda não foi iniciado porque outras demandas estariam sendo discutidas com maior importância no momento, como problemas relativos às reformas dos terminais e a finalização do projeto para readequação do veículo leve sobre trilhos (VLT) no eixo leste-oeste.
SALÁRIOS
Outro fato que estaria adiando os estudos seria a discussão do dissídio coletivo dos trabalhadores do transporte público. Atualmente, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Goiás (Sindittransporte) é a entidade legalizada para discutir com as empresas o reajuste dos trabalhadores. No entanto, parte da categoria criou outro sindicato, o Sindicoletivo (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo da Região Metropolitana), que aguarda o recebimento da carta sindical, a ser enviada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), deliberando que a entidade possa participar das negociações com as empresas.
Assim mesmo, a disputa interna não é a responsável, ao menos oficialmente, pela demora em se discutir o reajuste trabalhista, que tem data-base marcada para 1º de março, mas foi estendida até o dia 9 de abril neste ano para que as negociações continuassem. De acordo com o Sindittransporte, a proposta das empresas – rejeitada pelos trabalhadores no dia 20 – é de aumento salarial e demais benefícios em 6,36%, que seria a inflação do período entre março de 2010 e fevereiro deste ano.
A contraproposta emitida pela comissão de negociação seria de alta salarial no patamar da inflação e mais 6% de ganho real, ticket de alimentação de R$ 260, gratificação de R$ 109 e exclusão ou retificação do artigo do contrato que trata sobre a recuperação de danos no veículo. Atualmente, os motoristas são obrigados a pagar os custos de conserto dos ônibus mesmo sem o caso ter sido transitado em julgado. A categoria também não aceita discutir o fim do anuênio, que concede 3% de alta a partir de um ano de casa e a cada ano, o que seria uma espécie de plano de carreira.
Ainda de acordo com as informações do Sindittransporte, a questão do reajuste das passagens de ônibus em nenhum momento é colocada em debate nas plenárias ou negociação com as empresas. A questão poderia, até mesmo, atrapalhar o dissídio, segundo a categoria. Hoje, às 10 horas, uma nova rodada de negociação ocorre na Secretaria Regional do Trabalho e no domingo (3) ocorre a assembleia do sindicato, em que a proposta será votada.
Fonte: Jornal o Hoje
1 comentários:
Write comentáriosnão sei do que adianta aumentar a passagem se não vão aumentar a quantidade dos onibus. antes de aumentar a passagem teriam que colocar mais onibus pra atender a popu
Reply