Crimes caem até 92% em áreas monitoradas

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Vi­ni­ci­us Ma­me­de

A re­du­ção dos cri­mes nas se­te áre­as as­sis­ti­das por câ­me­ras em Go­i­â­nia fez com que a Po­lí­cia Mi­li­tar de­ci­dis­se es­ten­der o mo­ni­to­ra­men­to ele­trô­ni­co a ou­tros seis pon­tos. Res­pon­sá­vel pe­lo ví­de­o­mo­ni­to­ra­men­to na ca­pi­tal, o ca­pi­tão Wil­li­am Efi­gê­nio da Sil­va re­ve­la que à cri­mi­na­li­da­de foi re­du­zi­da em até 92% nos pon­tos on­de a vi­gi­lân­cia se dá por meio de câ­me­ras e que os cus­tos com a se­gu­ran­ça, com is­so, caí­ram 80%. Gra­ças à agi­li­da­de no re­co­nhe­ci­men­to de si­tu­a­ções sus­pei­tas e pe­lo re­ceio que o equi­pa­men­to cau­sa nos cri­mi­no­sos.

Se­gun­do o ca­pi­tão, a PM de­ve ins­ta­lar 17 no­vas câ­me­ras em seis re­gi­ões de Go­i­â­nia até julho. To­ta­li­zan­do 54 pon­tos de mo­ni­to­ra­men­to em 13 lo­ca­li­da­des dis­tin­tas. Os no­vos equi­pa­men­tos se­rão dis­tri­bu­í­dos pe­los se­to­res No­va Su­í­ça, No­va Es­pe­ran­ça, Vi­la No­va, Sul, Vi­la Ca­naã e Ci­da­de Jar­dim. O ser­vi­ço é ope­ra­do ho­je nas ave­ni­das Anhan­gue­ra, Go­i­ás, 24 de Ou­tu­bro, Ber­nar­do Sayão, To­can­tins, Ara­gu­aia e na Rua 4.

A es­co­lha dos no­vos pon­tos le­vou em con­ta ru­as de gran­de mo­vi­men­to e com cen­tros co­mer­ci­ais. Lo­ca­is que atra­em cli­en­tes e tam­bém cri­mi­no­sos. “A gran­de con­cen­tra­ção de pes­so­as faz com que os cri­mi­no­sos se sin­tam a von­ta­de pa­ra co­me­ter o de­li­to e de­pois su­mi­rem na mul­ti­dão. Além dis­so, a cer­te­za de pes­so­as com di­nhei­ro, car­tão e tam­bém bens – co­mo ce­lu­la­res e jói­as – são um gran­de atra­ti­vo pa­ra quem pra­ti­ca o ilí­ci­to”, ex­pli­ca o ca­pi­tão.

Além de in­ti­mi­dar a ação de ban­di­dos, as 37 câ­me­ras em ope­ra­ção des­de 2009 no Cen­tro e em Cam­pi­nas re­pre­sen­tam eco­no­mia de R$ 200 mil por mês aos co­fres pú­bli­cos. “Em ca­da um dos se­to­res eram uti­li­za­dos 64 PMs di­vi­di­dos em es­ca­las de 12 ho­ras e com au­xí­lio de 32 vi­a­tu­ras. O que ge­ra­va um cus­to mé­dio de R$ 250 mil ao mês”, apon­ta o ca­pi­tão. Com a ins­ta­la­ção das câ­me­ras, o cus­to de mo­ni­to­ra­men­to caiu pa­ra R$ 50 mil.

O ca­pi­tão ex­pli­ca ainda que a ação dos mi­li­ta­res se dá com mais agi­li­da­de. “Em al­guns ca­sos só não é mais rá­pi­do por cau­sa do trân­si­to”, ar­gu­men­ta. Co­mo atuam tam­bém na pre­ven­ção, o ca­pi­tão re­ve­la que po­li­ci­ais são des­ta­ca­dos sem­pre que cons­ta­ta­da qual­quer ati­vi­da­de sus­pei­ta. “En­vi­a­mos o aler­ta pa­ra os po­li­ci­ais, que fa­zem a abor­da­gem an­tes da con­cre­ti­za­ção do de­li­to.”

As câ­me­ras uti­li­za­das têm ca­pa­ci­da­de de vi­su­a­li­za­ção ní­ti­da em uma dis­tân­cia de até 500 me­tros, além de gi­ra­rem 360 graus. Uma equi­pe com qua­tro PMs faz o mo­ni­to­ra­men­to das ima­gens em uma cen­tral e re­pas­sam aos po­li­ci­ais nas ru­as.

Fonte: Jornal o Hoje