Alimentos provocam deflação em Goiânia

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An­dré Pas­sos

A in­fla­ção em Go­i­â­nia, me­di­da pe­lo Ín­di­ce de Pre­ços ao Con­su­mi­dor (IPC), no mês de fe­ve­rei­ro fi­cou ne­ga­ti­va em 0,20%, o que configura deflação, pres­sio­na­da por que­das nos gru­pos ali­men­ta­ção, ha­bi­ta­ção, ar­ti­gos re­si­den­ci­ais e tran­spor­tes. A úl­ti­ma que­da no ín­di­ce in­fla­cio­ná­rio na ca­pi­tal foi re­gis­tra­da no mês de ju­lho (-0,17%). A que­da nos pre­ços dos ali­men­tos pres­sio­nou tam­bém pa­ra uma re­du­ção no cus­to da ces­ta bá­si­ca de 1,36% so­bre o mês de ja­nei­ro.

O IPC de Go­i­â­nia foi di­vul­ga­do on­tem pe­la Se­cre­ta­ria Es­ta­du­al de Gestão e Pla­ne­ja­men­to (Se­plan) e mos­tra que o gru­po ali­men­ta­ção te­ve que­da de pre­ços pas­san­do de al­ta de 0,90% em ja­nei­ro pa­ra que­da de 0,66% no mês pas­sa­do. De ar­co­do com o Ge­ren­te de In­di­ca­do­res Eco­nô­mi­cos e So­ci­ais, Mar­ce­lo Eu­ri­co de Sou­sa, que di­vul­gou os da­dos, no mês de mar­ço po­de­rão ha­ver no­vas al­tas pres­sio­na­das pe­las hor­ta­li­ças e com­bus­tí­veis.

En­tre os ali­men­tos, pres­sio­na­ram pa­ra a va­ri­a­ção ne­ga­ti­va as que­das no pre­ço da car­ne de fran­go, que fi­cou 8,43% mais ba­ra­ta, do fei­jão ca­ri­o­ca tam­bém em que­da de 9,47%, se­gui­do por que­das nos pre­ços da car­ne de ga­do (-8,47%), da ba­na­na ma­çã (-18,14%) e da ma­çã (-27,35%). Co­mer em ca­sa es­tá 0,66% mais ba­ra­to e a ali­men­ta­ção fo­ra do do­mi­cí­lio te­ve re­du­ção de 0,97%.

A te­le­fo­nis­ta Re­na­ta Sil­va e Sou­za, 22, não con­se­guiu iden­ti­fi­car que­das nos pre­ços dos ali­men­tos, prin­ci­pal­men­te a car­ne, nos úl­ti­mos di­as. “En­con­trei con­tra-fi­lé por R$ 12,99 há pou­cos di­as, ago­ra es­tá R$ 15,99”, con­ta. Ela, que gas­ta cer­ca de R$ 100 com o con­su­mo de car­ne pa­ra três pes­so­as em ca­sa por mês, tem cri­a­do no­vos pra­tos com le­gu­mes e ver­du­ras e até mes­mo re­du­zi­do o con­su­mo de car­ne, in­cre­men­tan­do as re­cei­tas com ou­tras al­ter­na­ti­vas. “Tem que ter cri­a­ti­vi­da­de pa­ra não es­tou­rar o or­ça­men­to”, diz Sou­za.

A ha­bi­ta­ção saiu de al­ta de 0,83% em ja­nei­ro pa­ra que­da de 0,79% no mês se­guin­te, sen­do que o alu­guel re­si­den­ci­al fi­cou pra­ti­ca­men­te es­tá­vel com va­ri­a­ção po­si­ti­va de 0,07% an­te uma al­ta de 1,33% no mês de ja­nei­ro. O se­tor de tran­spor­tes pas­sou de al­ta de 0,90% pa­ra que­da de 0,28% em fe­ve­rei­ro, gra­ças aos me­no­res pre­ços em pas­sa­gens de ôni­bus in­ter­mu­ni­ci­pal (-12,90) e in­te­res­ta­du­al (-7,41%). A que­da no gru­po de ar­ti­gos re­si­den­ci­ais (-0,98%) tam­bém foi an­te­ce­di­da por uma al­ta no mês de ja­nei­ro (1,67%).

Já os gru­pos que pres­sio­na­ram po­si­ti­va­men­te a in­fla­ção no mês pas­sa­do fo­ram: des­pe­sas pes­so­ais com al­ta de 1,72% em fe­ve­rei­ro, sa­ú­de e cui­da­dos pes­so­ais (0,78%), ves­tu­á­rio (0,42%) e edu­ca­ção (0,44%). Os gas­tos com co­mu­ni­ca­ção fi­ca­ram es­tá­veis. A ces­ta bá­si­ca na ca­pi­tal fi­cou em R$ 202,24 com que­da de 1,36% so­bre ja­nei­ro (R$ 205,03).

Fonte: Jornal o Hoje