Governo injeta R$ 137 milhões na economia
O governador Marconi Perillo (PSDB) assinou contrato de financiamento de R$ 137,8 milhões em incentivos fiscais dos programas Fomentar e Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás (Produzir) na tarde de ontem, no Salão Verde do Palácio das Esmeraldas.
A Agencia de fomento de Goias S/A (GoiásFomento) liberou nove novos contratos, beneficiando as empresas Biocap Cosméticos (Trindade), Coacal (Catalão), Cobre Fácil (Senador Canedo), Indústria Brasileira de Laticínios (Edéia), Isofrio (Anápolis) e S.A. de Souza, Termoquímica de Metais, GSA Sucos e Alimentos, e Reajeunir Cosméticos, essas quatro últimas de Aparecida de Goiânia. Marconi espera gerar cerca de 600 empregos diretos.
Na ocasião o tucano não concedeu entrevista, mas no discurso afirmou que trabalhou muito pela criação da GoiásFomento e lembrou que antes de assumir o primeiro governo em 1999 se deparou com a notícia da federalização do Banco do Estado de Goiás (BEG), pois o governo já havia perdido a Caixego e o Banco de Desenvolvimento.
Ele contou que um dia após sua eleição de governador em 1998 foi enviado à Assembleia um projeto autorizando a federalização do BEG. Desde então disse que começou a procurar Brasília e o Banco Central, quando encontrou a alternativa da GoiásFomento para representar a volta de uma instituição de crédito para o Estado, que nasceu com R$ 70 milhões de capitalização, sendo R$ 60 milhões do Banco Central e R$ 10 milhões do Estado.
Segundo o governador, a agência transformou-se em sinônimo de impulso do crescimento, operando recursos disponíveis no Caixa e do Financiamento do Centro-Oeste (FCO) , além do Produzir. “O programa veio para consolidar nossa política de exportações e industrialização das nossas matérias primas”, salientou.
O Produzir foi criado em 1999 e tem cerca de 640 contratos firmados com empresas instaladas ou em fase de implantação em 103 municípios goianos. São cerca de R$ 13 bilhões em investimentos por parte das empresas, que estão recebendo cerca de R$ 80 bilhões em financiamento de incentivos, com a geração de quase 210 mil empregos diretos.
A Agência de Fomento movimentou mais de R$ 214 milhões apenas de recursos próprios, conforme informação do governador, financiando projetos novos ou incrementando ações em quase 13 mil empresas e gerando 45 mil empregos diretos. “Nosso crescimento econômico, mais a localização estratégica, tem atraído a atenção de grandes grupos nacionais e estrangeiros”, ressaltou.
O presidente em exercício da Goiás Fomento, Álvaro Fonseca, disse que os incentivos, especialmente no Centro-Oeste, que está longe das regiões de consumo, agem de forma determinante para que as empresas possam investir no Estado e expandir seus negócios.
Ele explicou que os interessados entraram com processo junto à Secretaria de Indústria e Comércio para pleitear os incentivos. Em seguida é analisado pelo conselho. As empresas que recebem o incentivo devem pagar a contrapartida ao Estado, como com aquisição de insumos em Goiás; incentivo ao primeiro emprego; contratação de deficientes físicos, localização em distritos agroindustriais, entre outras contrapartidas.
Os recursos são destinados às empresas através do abatimento em impostos mensais, até o alcance do valor liberado.
Crescimento do pib
Marconi informou na tarde de ontem que a meta para da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio e à equipe econômica é de viabilizar em curto tempo mais R$ 20 bilhões de investimentos em Goiás, o que multiplicará o Produto Interno Bruto (PIB), elevará as exportações, empregos, renda per capita e receita estadual.
O tucano ressaltou que a receita do Estado saltou de R$ 1 bilhão e meio por mês para R$ 15 bilhões do começo de seu governo até hoje e o PIB saltou de R$ 17 bilhões para R$ 100 bilhões. O volume de empregos com carteira assinada era de cerca de 600 mil e atualmente estão na casa de 1 milhão.
Fonte: Jornal o Hoje