Órgãos discutem criação de corredor na 24 de outubro
A reunião contou com o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MP, Érico de Pina Cabral; do promotor Maurício Nardini e dos presidentes da CMTC, José Carlos Xavier, e da AMT, Miguel Tiago.
O encontro tratou de questões referentes à mobilidade do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia. No entanto, o tema central do encontro foi a necessidade de se construir uma via exclusiva para os ônibus na Avenida 24 de outubro, que poderia ser implantada ainda esse ano. O promotor Érico de Pina não adiantou as primeiras mudanças no local, que serão realizadas pela AMT e pela CMTC, mas garantiu que elas causarão impacto positivo no trânsito.
No ano passado, a avenida ganhou sentido duplo para melhorar a fluidez de veículos, porém problemas como congestionamento, estacionamento e demora no trajeto feito pelos ônibus ainda causam transtornos no local. “Temos que fazer um estudo detalhado da via para ver a possibilidade de se criar o corredor exclusivo, porque o corredor preferencial existe, mas funciona de forma precária”, disse Miguel Tiago. Nardini recomendou cautela, já que as mudanças devem ocorrer em longo prazo. “A busca de soluções como essa da 24 de outubro não pode ocorrer em curto prazo, é preciso de um estudo completo que possa contemporizar todos os problemas”, explicou o promotor.
PONTOS DE ÔNIBUS
José Carlos Xavier reconheceu o problema da falta de abrigos nos pontos de ônibus. Reportagem de O HOJE veiculada na semana passada revela que apenas 3.487 das 5.682 paradas de ônibus são cobertas. E parte dos pontos que possuem cobertura precisa de reforma e manutenção pelo péssimo estado de conservação. “O processo licitatório com a empresa que fabrica o material já está em andamento”, garantiu. O promotor Érico de Pina lembrou que muitos dos abrigos existentes hoje, feitos de alumínio e plástico, não resistiram ao tempo e à depredação de vândalos.
A cobertura de concreto armado, que ainda pode ser encontrado em alguns pontos e que foi implantada no governo de Henrique Santillo, poderia ser um novo modelo de reestruturação. No entanto, José Carlos lembra que as calçadas de Goiânia não suportam esse tipo de abrigo, por ocupar grande parte da área. “Até no tempo de Santillo foi difícil colocar essa cobertura em alguns lugares. Se tirarmos como exemplo a 24 de outubro, ficaria impossível.”
Fonte: O Hoje