Abalos assustam norte de Goiás
O especialista garante que os abalos de Goiás não possuem relação com os registrados no Japão – terremoto de grande magnitude (8,9) na escala Ritcher, seguido de Tsunami. Ele explica que os terremotos no Brasil aconteceram antes, sendo provocados por acomodações naturais das placas tectônicas. No entanto, não descarta a possibilidade de tremores mais fortes na região. “Eles vão continuar acontecendo por até um ano.”
Em Goiás, o terremoto que aconteceu em outubro, chegou a provocar rachaduras em algumas casas de Mara Rosa – que fica a 300 quilômetros de Goiânia. Na capital, a terra tremeu em pontos isolados. Aproximadamente 300 funcionários tiveram de deixar as pressas o prédio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em frente a Praça Cívica (Centro). Em Brasília, funcionários da Esplanada dos Ministérios também sentiram os abalos e deixaram o local.
Em Mara Rosa, devido as ocorrências, o observatório instalou cinco aparelhos – sismógrafos – capazes de sentir a passagem das ondas. Além disso, estudos estão sendo realizados para descobrir a extensão da falha geológica que gera este efeito. As ondas sísmicas são geradas por terremotos e explosões que se propagam pelo interior da Terra e podem ser captadas e gravadas por esses instrumentos.
Sucessivos
Uma semana antes do terremoto no Japão, na madrugada do dia 4, a terra tremeu três vezes na região norte de Goiás – a segunda ocorrência naquela semana. O primeiro terremoto aconteceu na madrugada e teve seu epicentro em Estrela do Norte – 368 quilômetros de Goiânia. A magnitude registrada foi de 3,7 graus, já os outros aconteceram logo depois e tiveram intensidade menor, 3,1 e 2,8 sucessivamente.
A secretária municipal de Educação de Estrela do Norte, Delma Dias Rodrigues Silva, 39 anos, relatou que acordou assustada com o tremor e o barulho. “Parecia um trovão de baixo da terra, a cama balançou e eu levantei correndo”, disse. Ela conta que a população já está acostumada com os tremores. “Tinha visita em casa e eles ficaram desacreditados com o que aconteceu, a população local se assusta, mas não como antes.” Delma disse que mesmo assim o terremoto fica sendo o principal assunto da cidade durante dias.
Os tremores não acontecem apenas em Goiás. O último registrado no País foi em Montes Claros, em Minas Gerais, com magnitude de 3,2 graus. O abalo foi considerado fraco pelos especialistas do OBS, mas assustou a população. A explicação foi de que a origem do tremor foi de foco raso o que gerou estrondo parecido com o barulho de um trovão. O chefe do OBS destacou que outros abalos já foram registrados no Rio Grande do Norte, Ceara, Mato Grosso e Minas Gerais.
Fonte: Jornal o Hoje
1 comentários:
Write comentários"as placas tectônicas do Estado" (??) Pelo que eu saiba só temos uma no Brasil inteiro que é a Sul-Americana, na verdade o que temos em Goiás são sistemas de falhamentos em contatos de um ou mais grupos geológicos, ou em um mesmo grupo.
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