Goiás investe R$ 50 mi em aeródromos

12:35 0 Comments A+ a-


Governador Alcides Rodrigues vai ampliar, reformar ou construir pequenos aeroportos em 32 municípios até 2010


Até o final de 2010, mais 32 municípios goianos vão receber obras de construção, reforma ou ampliação de aeródromos. Medida atende à determinação do governador Alcides Rodrigues. De modo geral, os aeródromos serão dotados de terminal de passageiros para atender até 30 pessoas em horário de pico e pista com capacidade de receber aeronaves de até 18 assentos. A maioria terá ainda balizamento noturno. Desse total, vários já estão em andamento, como o de Santa Helena. Outros ainda aguardam convênio com as prefeituras ou licença ambiental. As obras vão demandar investimentos de aproximadamente R$ 50 milhões. Presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), José Américo de Sousa cita como exemplo de obras a ampliação da pista de pouso do Aeroporto João Netto de Campos, no município de Catalão, que deve ser finalizada em setembro. O investimento é superior a R$ 6 milhões. A principal modificação, explica, é o reforço da base para receber aeronaves de maior porte para carga e também para passageiros. “Com a ampliação, o aeroporto comportará aviões de médio porte com até 78 assentos sem restrições”, afirma José Américo. Além da pista de pouso, a pista de táxi de ligação e o pátio também estão sendo reformados. O balizamento noturno será ampliado e o terminal de passageiros passará por obras. As obras são parte do Programa de Melhoramento da Rede Aeroportuária do Estado, anunciado pelo governador Alcides. De acordo com o presidente da Agetop, a melhoria dos aeroportos é uma das prioridades da agência devido ao crescimento do transporte aeroviário, pois Goiás já é um dos Estados brasileiros que mais recebe voos particulares no País. “As obras visam a proporcionar mais segurança e comodidade aos usuários”, destaca José Américo.

Adiantadas

Em Santa Helena, as obras já estão adiantadas. Estão sendo investidos cerca de R$ 5,7 milhões na construção do aeroporto local e, aproximadamente, R$ 800 mil em um terminal de passageiros. As obras são realizadas através do Programa de Recuperação da Malha Aeroportuária de Goiás e executadas pela Agetop. Atualmente, existem dois aeroportos tarifadores no Estado – o de Goiânia (Santa Genoveva) e o de Caldas Novas – e 54 aeródromos espalhados no interior. A diferença está nas instalações (facilidades) e nos equipamentos utilizados. Além disso, os aeródromos não estão homologados para receber aviões de grande porte e alguns não possuem balizamento noturno – um sistema de iluminação da pista que permite pousos e decolagens durante a noite. Parte dos 54 aeródromos que foram construídos pelo governo do Estado em convênio com as prefeituras estão inoperantes. Outros vinham operando de forma precária, não oferecendo segurança a aviões e a passageiros. Há, inclusive, casos dramáticos, como o de Formosa, em que vândalos destruíram o balizamento noturno.

Irregularidades solucionadas

Até pouco tempo não havia muito critério na manutenção dos aeródromos, a maioria construída em terrenos pertencentes às prefeituras. Em 2005, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por meio de gerência regional, iniciou intensa fiscalização nos campos de pouso. Encontrou irregularidades e chegou a interditar alguns. No início de sua gestão, o governador Alcides Rodrigues determinou que fossem tomadas todas as providências no sentido de dar solução definitiva ao problema. De posse dos relatórios da Anac e após criteriosa vistoria de todos os aeródromos, o presidente da Agetop elaborou plano de ação e iniciou as obras. Alguns aeródromos foram ou estão sendo construídos pelas prefeituras em convênio com a Secretaria do Planejamento. Nesses casos, a Agetop atua como consultora técnica, serviço prestado gratuitamente aos municípios. Aeródromos problemáticos estão passando por recuperação. Outros serão ampliados e reestruturados. Alguns estão prontos para inauguração, aguardando a agenda do governador. No atual estágio de desenvolvimento da economia goiana, a recuperação de aeródromos e a construção de novos são exigências de natureza econômica e imperativos de segurança. Estruturas vão facilitar o deslocamento de empresários e investidores, além de atrair turistas para regiões com vocação ao turismo.

Diário da Manha