Goianos lideram ranking de melhores pagadores do País

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População honra 98,62% dos valores emitidos em cheques pré-datados


Goianos lideram ranking de bons pagadores com 98,62% dos valores emitidos em cheques pré-datados. Pesquisa da TeleCheque mostra ainda que a média nacional ficou em R$ 97,69%. Para a especialista, situação comprova amadurecimento do planejamento financeiro do brasileiro. Interior de São Paulo, Sergipe, Minas Gerais e Rio de Janeiro também fecharam índice com adimplência acima de 98%.

Para o presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), José Evaristo dos Santos, isso “dá reforço de que Goiás vai bem”. O presidente menciona o crescimento das exportações e da criação de empregos no Estado: “Os números são repercussão disso, mostra um Estado estabilizado.” Economista e diretor da Agência de Negócios da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Ot Vitoy explica que o brasileiro está mais consciente da necessidade de controle efetivo das contas. “Sabem que se entrar no cheque especial, o juro será muito alto. Além disso, acreditam que tem que honrar e zelar pelo nome.”

Entre os pontos destacados por Vitoy está ainda o crescimento da indústria, da prestação de serviço e, consequentemente, da geração de empregos. Goiás registrou variação de 0,82% na criação de empregos formais frente a maio. Índice é a segunda maior alta verificada pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho. A arquiteta Wânia Simão, 29, mesmo em tempos de chip e cartão de crédito, ainda precisa usar talão de cheques. “O escritório trabalha com exposições; é necessário para compra de ambientes. Além disso, usamos para assinatura de revistas e compra de livros.”

Para manter as contas dos pré-datados em dia, a arquiteta toma mão dos canhotos e planilhas de controle financeiro. “Como usamos pouco, o trabalho é bem manual.” Segundo Vitoy, organização é a melhor forma de cumprir com o compromisso. “Manter planilhas e os canhotos dos cheques é determinante.” Wânia explica que já teve problemas com cheques que caíram na conta antes da data prevista e, por isso, só os utiliza por causa do escritório que montou. E usa quando não há outro jeito, caso contrário, prefere usar o cartão.

Oportunidade

Para Ot Vitoy, os dados mostram uma oportunidade de negócio, tanto para o comerciante como para o consumidor. “Se usar o cheque, o comerciante deixa de pagar cerca de 5% do valor para a administradora do cartão”, lembra. O comerciante, segundo o economista, pode usar essa “economia” como barganha para conseguir mais desconto. Como o risco é pequeno, em Goiás apenas 1,38% dos valores não foi compensado, o que cria mais credibilidade para o famigerado cheque. Segundo o economista, o comerciante só precisa intensificar as consultas nas empresas de concessão de créditos. A pesquisa da TeleCheque considera valores em reais das transações com cheques e não a quantidade de folhas de cheques emitidas. Segundo a empresa, a metodologia está mais adequada à realidade e às necessidades do varejo.

Fonte: Diário da Manhã