Revoltas por ônibus e no campo
O auxiliar administrativo Victor Hugo Pires Lucena, 17, conta que chegou ao ponto de ônibus, situado na rodovia às 5h20 e até às 6h15 não tinha conseguido embarcar. “Todos os ônibus passavam lotados e os motoristas não paravam. Só queria ir trabalhar.”
O churrasqueiro Roberto Igor Nascimento Rosa, 27, destacou que já pediu apoio dos políticos locais para aumentar a frota de ônibus para a localidade, mas nada foi melhorado. Os manifestantes pedem aumento do número de ônibus na linha 139, de Goiânia a Goianira, além de aumento na assiduidade das alimentadores 309 ( Terminal Padre Pelágio para bairro Cora Coralina) e 214 (Padre Pelágio para Brazabrantes).
A dona de casa Rosana Alves Santana, 25, também participou da manifestação. “Queremos mais ônibus nas três linhas que operam na região.” Para Rosana, sempre é uma luta conseguir embarcar no transporte público. “Para entrar no ônibus funciona a lei do mais forte.” Outra reclamação dela é a falta de segurança para atravessar a rodovia e chegar à parada. “Não há sinalização no trecho.”
A rodovia foi fechada por volta das 6 horas e liberada às 9h30, após diálogo com o Batalhão Rodoviário da Polícia Militar. Os manifestantes afirmaram que vão esperar iniciativa da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) até o fim desta semana, se nada for melhorado, a pista novamente será bloqueada.
Por nota, a CMTC informou que, a partir de hoje, equipes da Fiscalização e da Técnica vão monitorar o atendimento prestado em Goianira e um novo encontro será agendado para repassar as providencias. A diretora técnica da CMTC, Áurea Pitaluga, garante que a operação no local terá alterações e que, se for preciso, carros reservas serão disponibilizados.
Segundo comandante do 1º Batalhão Rodoviário, coronel Victor Dragalzew, os policiais vão remediar o diálogo. Outro ponto que preocupa os policiais fica na GO-452, que liga Goiânia a Nova Veneza, no município de Santo Antônio. Segundo o coronel Dragalzew, há membros do Movimento dos Sem Terra (MST) e existia a possibilidade da pista ser interditada.
Fonte: Jornal O Hoje (Cejane Pupulin, Galtiery Rodrigues)