Marconi: mudança no ICMS quebrará Goiás

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O governador Marconi Perillo participou ontem à tarde da audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para debater Projeto de Resolução do Senado que uniformiza acobrança de ICMS para operações interestaduais com bens e mercadorias importadas.
Marconi estava acompanhado por mais três governadores – Raimundo Colombo, SC; Renato Casagrande, ES; e Cid Gomes, CE – e do vice do Pará, Helenilson Pontes. O projeto é de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e tem a oposição dos cinco estados.

Se aprovado, Marconi disse que Goiás perderá R$ 1,9 bilhão na arrecadação anual de ICMS, representando mais de 20% de redução do imposto arrecadado, o que deixará o Estado de Goiás praticamente quebrado.

Ele informou que a arrecadação anual de Goiás hoje está em torno de R$ 9 bilhões e que essa medida, da forma que está, trará grande transtorno para o governo do Estado, podendo provocar centenas de milhares de demissões, com o fechamento de empresas instaladas na região, ocasionando também prejuízos consideráveis ao governo, com a consequente diminuição no montante arrecadado para pagar a folha e custear a máquina do governo.

Para Marconi, o projeto é inconstitucional, visto que alíquotas diferenciadas para produtos nacionais e importados são vedadas pela legislação brasileira. Segundo o governador, Goiás vai lutar com todas as forças para manter os incentivos fiscais, que têm contribuído para a diminuição das disparidades regionais e ajudado os estados menos desenvolvidos a melhorar a qualidade de vida de sua população.

Os governadores presentes estão defendendo, para a aprovação da medida, que se estabeleçam regras de transição, a médio e longo prazos, que levem em conta a não redução da receita dos Estados e que os novos compromissos apontem as receitas compatíveis para cumpri-los. Defendem ainda a implementação de uma política de integração e desenvolvimento regional como forma de resolver as desigualdades regionais.

Fonte: Jornal O Hoje