Avenidas Goiás e 85 são consideradas as piores em mobilidade

13:15 1 Comments A+ a-


Os dez pontos mais críticos de Goiânia foram listados pela Agência Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (AMT). Sete desses pontos são em bairros considerados nobres da capital, na região sul. Estes bairros são conhecidos por terem um alto índice de veículos por habitante. Já os outros três são lugares de intenso comércio. Os locais indicados costumam ficar congestionados nos horários de pico: no período matutino, das 7 às 9 horas, e no fim da tarde, das 17 às 19 horas.

O primeiro ponto listado é na Avenida Goiás, no Setor Central. No período analisado pela agência, entre 1º de janeiro e 21 de julho do ano passado, ocorreram 130 acidentes no trecho, com duas mortes e 81 feridos. Em seguida, é a Avenida 85, no Setor Marista, e depois a Avenida Independência, no Setor Leste Vila Nova. A Avenida T-9, na região do Jardim América vem em seguida.

O engenheiro de tráfego da AMT, Sérgio Bitencourt, explica que além de buscar novos trajetos o motorista deve evitar trafegar nos horários de pico. Pare ele, é importante a alteração de horário de entrada e saída no trabalho e na escola das crianças. Mas Bitencourt complementa que o problema com congestionamentos e carregamentos – a concentração de muitos veículos por um pouco período de tempo – não é um problema apenas de Goiânia. “Várias cidades no Brasil e do exterior sofrem com o problema. Até Brasília, que foi planejada para ter um alto fluxo de veículos, também sofre com a situação.”

Transporte coletivo

Para os especialistas em trânsito é unânime que a solução para o fim dos congestionamentos é a priorização do transporte coletivo. Um ônibus transporta o que aproximadamente 46 carros particulares carregam. Para o superintendente de desenvolvimento de trânsito da Secretaria das Cidades, Antenor Pinheiro, o congestionamento é resultado natural de uma gestão em que a prioridade é o transporte particular – carros e motocicletas.

Pinheiro destaca que há necessidade de liberar a malha viária para o transporte de ônibus e das bicicletas, além de ter calçadas de boa qualidade para o pedestre. “O transporte coletivo da região metropolitana é de qualidade, com um bom sistema operacional e tecnologia, mas não tem espaço no sistema viário”, destaca. Para ele, a alteração de sentido de ruas e a proibição de estacionamento são medidas paliativas, que têm prazo de validade e apenas deslocam o fluxo do trânsito de um ponto para outro.

O professor e engenheiro civil com doutorado em engenharia de transporte, Benjamin Jorge Rodrigues dos Santos, afirma que certas regiões de Goiânia já estão na última escala de estresse no trânsito. Para ele, o transporte coletivo da região metropolitana não tem atrativos para que o proprietário de veículo deixe o mesmo em casa e use o ônibus.

Pessoal

Outra pontuação do professor é a falta de recurso humano da AMT, tanta no número de engenheiros como de agentes. Para ele, o indicado é a existência de um engenheiro para cuidar do trânsito de cada dez bairros, mas este número é muito superior. “Cada profissional atende mais de 50 bairros”, diz Benjamin.

Ambos especialistas afirmam que Goiânia não tem apenas dez pontos de congestionamento. Tanto Santos quanto Pinheiro destacam a necessidade de cumprir o plano diretor e a integração do mesmo com o trânsito. Essas medidas, além de estruturar os eixos para o transporte coletivo e de preparar o sistema viário para receber empreendimentos imobiliários de grande porte é o caminho indicado pelos peritos para amenizar com os transtornos da grande frota de veículos de Goiânia, que hoje é de aproximadamente 2,8 milhão.

Fonte: O Hoje

1 comentários:

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Anônimo
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12 de março de 2012 às 20:53 delete

Pelo prefeito que tem, a cidade reflete descaso e abandono. Os seus gestores, são uma corja de aproveitadores, estão lá no Paço Municipal para cumprir plantão e bater o ponto. A saúde na cidade de Goiânia é a pior do país. Fora PT e PMDB.

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