Avenidas Goiás e 85 são consideradas as piores em mobilidade
O primeiro ponto listado é na Avenida Goiás, no Setor Central. No período analisado pela agência, entre 1º de janeiro e 21 de julho do ano passado, ocorreram 130 acidentes no trecho, com duas mortes e 81 feridos. Em seguida, é a Avenida 85, no Setor Marista, e depois a Avenida Independência, no Setor Leste Vila Nova. A Avenida T-9, na região do Jardim América vem em seguida.
O engenheiro de tráfego da AMT, Sérgio Bitencourt, explica que além de buscar novos trajetos o motorista deve evitar trafegar nos horários de pico. Pare ele, é importante a alteração de horário de entrada e saída no trabalho e na escola das crianças. Mas Bitencourt complementa que o problema com congestionamentos e carregamentos – a concentração de muitos veículos por um pouco período de tempo – não é um problema apenas de Goiânia. “Várias cidades no Brasil e do exterior sofrem com o problema. Até Brasília, que foi planejada para ter um alto fluxo de veículos, também sofre com a situação.”
Transporte coletivo
Para os especialistas em trânsito é unânime que a solução para o fim dos congestionamentos é a priorização do transporte coletivo. Um ônibus transporta o que aproximadamente 46 carros particulares carregam. Para o superintendente de desenvolvimento de trânsito da Secretaria das Cidades, Antenor Pinheiro, o congestionamento é resultado natural de uma gestão em que a prioridade é o transporte particular – carros e motocicletas.
Pinheiro destaca que há necessidade de liberar a malha viária para o transporte de ônibus e das bicicletas, além de ter calçadas de boa qualidade para o pedestre. “O transporte coletivo da região metropolitana é de qualidade, com um bom sistema operacional e tecnologia, mas não tem espaço no sistema viário”, destaca. Para ele, a alteração de sentido de ruas e a proibição de estacionamento são medidas paliativas, que têm prazo de validade e apenas deslocam o fluxo do trânsito de um ponto para outro.
O professor e engenheiro civil com doutorado em engenharia de transporte, Benjamin Jorge Rodrigues dos Santos, afirma que certas regiões de Goiânia já estão na última escala de estresse no trânsito. Para ele, o transporte coletivo da região metropolitana não tem atrativos para que o proprietário de veículo deixe o mesmo em casa e use o ônibus.
Pessoal
Outra pontuação do professor é a falta de recurso humano da AMT, tanta no número de engenheiros como de agentes. Para ele, o indicado é a existência de um engenheiro para cuidar do trânsito de cada dez bairros, mas este número é muito superior. “Cada profissional atende mais de 50 bairros”, diz Benjamin.
Ambos especialistas afirmam que Goiânia não tem apenas dez pontos de congestionamento. Tanto Santos quanto Pinheiro destacam a necessidade de cumprir o plano diretor e a integração do mesmo com o trânsito. Essas medidas, além de estruturar os eixos para o transporte coletivo e de preparar o sistema viário para receber empreendimentos imobiliários de grande porte é o caminho indicado pelos peritos para amenizar com os transtornos da grande frota de veículos de Goiânia, que hoje é de aproximadamente 2,8 milhão.
Fonte: O Hoje
1 comentários:
Write comentáriosPelo prefeito que tem, a cidade reflete descaso e abandono. Os seus gestores, são uma corja de aproveitadores, estão lá no Paço Municipal para cumprir plantão e bater o ponto. A saúde na cidade de Goiânia é a pior do país. Fora PT e PMDB.
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