Comércio de carros usados amarga crise
Segundo o representante da Agenciauto, Josevan Marcelino da Silva, os preços de veículos usados e seminovos já caíram entre 5% e 8% nas lojas desde o final do ano passado. O chamariz não tem servido de atrativo para a clientela, ainda cautelosa com as dívidas e com menos acesso de crédito na praça. Excesso de burocracia e o aumento de restrições na aprovação de cadastro por parte de bancos e financeiras completam o quadro de agravantes.
No feirão do estacionamento do Estádio Serra Dourada, o segundo maior do País, os negócios são feitos diretamente entre vendedor e comprador, o que impossibilita uma estatística de vendas, conforme o diretor comercial do local, Marcus Cintra. Mesmo assim, ele diz que, desde janeiro, houve alta no número de carros ofertados semanalmente. Em época de mercado aquecido, passam pelo lugar cerca de 1,5 mil carros todos os domingos. Desde o início do ano, houve um aumento de quase 300 veículos por domingo. “Maior oferta é sinal de que os negócios não estão fáceis. Quanto mais difícil vender, mais a feira enche”, diz Cintra.
Para Josevan, os revendedores conseguem conservar os negócios graças às reservas que mantêm e, em alguns casos, às vendas de carros novos. Ele conta que as restrições começaram após a valorização do real frente ao dólar e cresceram por causa da alta na inadimplência, após a liberação desmedida de crédito. “Começamos a perceber uma melhora neste mês de março e há uma tendência de que o mercado volte a se estabilizar daqui para frente”, explica.
Nas lojas, o cenário ainda é pior. Dono da Negociauto, Marcelo da Silva Borges, que está no mercado há 21 anos, lembra que a última crise desta gravidade no setor foi em 1993, durante o Plano Collor. Além da restrição de crédito e aumento de juros, a disseminação de leilões de automóveis pela capital também dificulta os negócios do setor. “Temos notícias de que a Polícia Federal vai investigar isso. São carros sem procedência, trazidos de outros Estados e que nem sempre estão dentro da lei”, conta.
A crise também atinge revendedoras de carros utilitários. Gerente de vendas da Rima Veículos, Fernando Alves de Camargo Morais informa queda de 50% nas vendas de pickups e outros veí- culos como a kombi. “Em novembro, não conseguíamos repor a loja. Hoje, temos 18 kombis paradas”, explica Morais.
Fonte: Jornal O Hoje (André Passos)
6 comentários
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ReplyA crise está aí...só não vê quem não quer.
ReplyCOMO VAMOS SOBREVIVER SEM NOSSOS RETORNOS, BANCOS ABAIXAO RETORNO DE 6 PARA 3, DIA 25/05/2012, E O GOVERNO SO PENSANDO NAS CONCESSIONARIAS E NA VENDA DE NOVOS, COMO SE OS USADOS NAO TIVESSEM AIS NO MERCADO, ONDE NÓS REVENDEDORE DE USADO VAMOS PARAR, E COMO FICAREMOS NESSE MERCADO SO DE GRANDES, LEMBRANDO QUE ANTES DO NOVO O COMPRADOR TERA QUE DISPOR DE SEU USADO, SÃO RARAS AS VEZES QUE O COMPRADOR COMEÇA COMPRANDO SEU PRIMEIRO CARROS ZERO KM, E O QUE FAREMOS COM TANTO CARROS USADOS NO MERCADO, FICA AQUI UM DESABAFO DE UM LOJISTA DE MARINGÁ PARANA QUE ESTA SOFRENDO COM O ESQUECIMENTO DO GOVERNO E DOS BANCOS....
ReplyEU LEIO IDIOTAS FALANDO QUE O LOGISTA DE AUTOMOVEL USADO E SEM VERGONHA GENERALIZANDO E OFENDENDO NOS QUE TRABALHAMOS SERIO, QUAL O RAMO DE ATIVIDADE QUE NAO TEM AS OVELHA NEGRA, FALAM COMO SE NAO FIZECEMOS PARTE DO PROCESO QUE LEVA O CLIENTE AO ZERO KM , AINDA POR CIMA TODO ESTE PROTENCIONISMO DO GOVERNO INFUNDADO DIGASE DE PASAGEM AS MONTADORAS DE AUTOMOVEIS E JUROS SUBSIDIADOS PARA O ZERO KM ,ESTAO QUERENDO COPIAR O SISTEMA AMERICANO QUE OS LEVOU A FALENCIA QUEREM COM ESTE SISTEMA QUE O CONSUMIDOR COMPRE O CARRO USE E DEPOIS VAI TER QUE JOGAR FORA POIS NAO VAI TER O LOGISTA PARA COMPRAR REVISAR VENDER E DAR GRANTIA POIS O SISTEMA VAI NOS QUEBRAR .
ReplyO que eu como consumidor noto é que os preços de carros com até 2 anos de uso, estão caríssimos comparados aos novos, com todas as garantias de fábrica. O deságio tem que ser maior para valer a pena comprar um usado. Novos e usados no Brasil são muito caros e isso vai mudar, pois o consumidor está lentamente acordando para o ASSALTO.
Replytodo esse esquema articulado por governo banco e montadora visando a si proprios prejudica e muito, nâo so as revendedoras mas tambem as oficinas que tem as revendedoras como parceira na prestação de serviço
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