79% das indústrias goianas vão investir

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A maior parte dos empresários industriais goianos pretende investir em seus negócios até 2013, segundo pesquisa divulgada ontem, pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg). De olho no mercado interno, 79% das indústrias pretendem comprar de máquinas, equipamentos e softwares, além de investir em reformas, construção e treinamento. A intenção é aumentar a produção, mas também busca outros resultados como a melhora da qualidade dos produtos e a redução dos custos com mão de obra.

O economista da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Wellington Vieira, ressalta que a busca maior por melhora na qualidade da produção mostra que a indústria goiana alcança um patamar mais elevado de maturidade. “Mostra que a indústria está cada vez mais profissional e voltada ao mercado e isso é excelente”, completa ele.
A pesquisa consultou uma amostra de 122 indústrias das 1.935 instaladas no Estado, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (Rais/2010), e que possuem mais de 20 colaboradores em seu quadro de funcionários. Dessa amostra, 92% estão em atividade há mais de seis anos, o que deixa claro que não se trata de empresas novas em fase de implantação, mas de indústrias já consolidadas em expansão.

Os 21% que não possuem plano de investimento futuro justificam que já têm capacidade instalada suficiente. Também não vão investir por receio com a atual situação econômica, por dificuldades para obter recurso ou porque não pretendem crescer mais.

A Grande Goiânia concentra 45 dessas indústrias e 39% são da área de alimentos e bebidas. Entre os setores, as indústrias alcooleiras e de mine­- ração vão investir. Entre as de produtos metálicos consultadas 89% têm intenção de investimento. Em seguida, vêm as empresas farmoquímicas (88%) e a construção civil (80%). A menor intenção de investimento fica com as indústrias de vestuário e acessórios (61%).

Planos
O plano de investimento é mais elevado nas empresas com maior porte, sendo informado por 95% das grandes empresas. Entre as médias 74% vão investir, e 70% entre as pequenas. Sobre o destino dessas aplicações, 82% serão para a compra de máquinas e 48% de equipamentos.

A maior parte desses investimentos (61%) tem o mercado interno como foco prin­- cipal. Apenas 12% pretendem distribuir sua produção igualmente para os mercados interno e externo e 1% investirá somente para o mercado externo. Segundo o economista da Fieg, Goiás tradicionalmente produz em maior parte para o mercado brasileiro. “Apesar do grande volume de exportações, o Estado produz principalmente para o mercado brasileiro. O fato de estarmos no centro do País possibilita competir no mercado nacional”, explica.

Indagadas sobre as razões para a realização dos investimentos, 53% das empresas explicam que objetivam o aumento da produção e 44%, a melhoria da qualidade dos produtos. As outras opções de respostas foram menos expressivas: 20% querem reduzir custos de mão de obra, 19% lançar novos produtos e 17% reduzir outros custos.
Outro dado relevante da pesquisa é que mais empresas poderão investir com capital próprio. Das indústrias consultadas, 21% vão usar recursos exclusivamente próprios. Consultada sobre as fontes de financiamentos para realização dos investimentos, a maioria das indústrias indicou mais de uma fonte, destacando-se o capital próprio em 70% das empresas e os financiamentos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para 68% delas.

fonte: Jornal O Hoje (André Passos)