Trânsito na capital tem solução
A mestre em trânsito, Patrícia Margon acredita que há solução para o tráfego de veículos na Capital. De acordo com ela, os problemas só poderão ser resolvidos se trabalhos em parceria entre RMTC, população e poder público. “A criação de corredores exclusivos para o serviço daria uma nova agilidade ao sistema, se associado a medidas de restrição do uso de veículos individuais, como rodízios e pedágios urbanos.”
Neste aspecto, a população deverá ter consciência e diminuir a utilização de veículos individuais. Mas destaca, que para isso é necessário a concretização dos projetos de ampliação de corredores exclusivos ônibus. Para Patrícia, tais benefícios, junto às medidas de restrição, deverão motivar motoristas a migrarem para o transporte público, o que contribuirá para melhor fluidez das vias goianienses.
Em Londres, na Inglaterra, foi implantado o sistema de pedágios para desestimular os motoristas a saírem de carro e migrarem para o transporte público. O trânsito que era conhecido pelo volume desregrado, obteve resultados positivos com as medidas tomadas pela administração da capital inglesa, o que gerou um descongestionamento considerável.
Dificuldades
O maior obstáculo para um trânsito sustentável, de acordo com a arquiteta e doutora em trânsito Érica Kneib são os carros particulares.“A utilização do automóvel tem se mostrado insustentável mundialmente, tanto do ponto de vista do trânsito como sob a ótica ambiental e, por isso, as medidas de restrição se tornaram necessidades”, afirma.
Kneib também acredita que a melhoria na infraestrutura da cidade é apenas um dos pontos para o fim do “engarrafamento”.
“A mudança de hábito deve vir tanto do poder público, quanto dos cidadãos. As pessoas devem optar sempre que possível pelo transporte coletivo ou por veículos alternativos como a bicicleta”, ressaltou.
Outro sugestão dada pela arquiteta como medida restritiva é o aumento dos impostos na venda de veículos.
“É uma atitude em prol da coletividade”, enfatiza. Para ela, esta ainda parece uma realidade distante, mas é necessária para deixar a confusão para trás e conquistar maior qualidade de vida. “Temos que chegar lá”, finaliza.
Fonte: Diário da Manhã