Goiás tem maior saldo de empregos
Foram criados mais de 4 mil postos de trabalho no Estado no mês passado, alta de 35% frente a julho. Indústria de transformação.
Goiás fechou o mês de agosto com a criação de 4.004 novos empregos formais, respondendo por mais de 50% do total de postos de trabalho criados na região Centro-Oeste. Houve ampliação de 35% em relação ao mês anterior. Os setores de atividade que mais contribuíram para esta elevação foram serviços e a indústria de transformação que juntas criaram 3.385 novos empregos de carteira assinada em Goiás, superando a perda de 1.091 postos no setor agrícola.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados ontem. O Estado respondeu por mais de 50% do total de postos de trabalho criados na região Centro-Oeste que somou 7.881 novos postos. Apesar da queda anual, houve ampliação de 35% em relação ao mês anterior, resultado que também supera o nacional (26%).
O saldo mensal é resultado da declaração de 61.903 admissões e de 57.899 desligamentos. O estoque anual de empregos, de janeiro a agosto, soma 87.189 empregos, acréscimo de 8,8% sobre o período anterior. Nos últimos 12 meses houve crescimento de 5,48% no nível de emprego com a geração de 60.642 postos de trabalho.
Os setores de atividade que mais contribuíram para esta elevação foram serviços e a indústria de transformação que juntas criaram 3.385 novos empregos de carteira assinada em Goiás. O comércio somou com 891 novos empregos. A principal perda veio da agricultura, que perdeu 1.091 postos no mês passado.
O superintendente regional do Trabalho e Emprego em Goiás, Heberson Alcântara, destaca o crescimento do setor de serviços no resultado do Caged de agosto que indica a continuidade da trajetória de crescimento dos últimos meses, impulsionado pelo fortalecimento da confiança no mercado interno e pelo crescimento em todos os setores da economia. “Quando a economia está crescendo, mais agentes tendem a tomar emprestado para investir, antecipar consumo”, explica Heberson.
A maior parte das novas vagas surgiu em Goiânia, que respondeu por 1.967 do total do Estado. Anápolis, Senador Canedo e Catalão vêm logo em seguida com 583, 520 e 275 novos empregos celetistas no mês passado. Morrinhos (-206), Luziânia (-155) e Cristalina (-115) tiveram as maiores quedas em Goiás.
Mais de 160 mil capacitados até 2015
Até 2015, Goiás terá de formar ao menos 161,7 mil trabalhadores em nível técnico, são quase 54 mil profissionalizações por ano em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais. As principais demandas partirão da indústria de alimentos (cozinheiros industriais), operadores de máquinas para costura de peças do vestuário, mecânicos de manutenção de veículos automotores, padeiros, confeiteiros e afins, trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos.
A demanda produzirá oportunidades em ocupações de nível médio, como técnicos de controle da produção; técnicos em eletricidade e eletrotécnica; técnicos em produção, conservação e de qualidade de alimentos; técnicos em eletrônica; técnicos em operação e monitoração de computadores. Os dados fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição. A pesquisa inédita também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho.
Em todo o Centro-Oeste, a indústria vai demandar 383 mil profissionais qualificados. A demanda goiana será a maior, com participação de 42% do total. Em seguida aparecem o Distrito Federal, com 83,1 mil profissionais, Mato Grosso, com 77,4 mil, e Mato Grosso do Sul (61,3 mil).
Em todo o País, a demanda cegará a 7,2 milhões de trabalhadores, 1,1 milhão será por profissionais para ingressarem em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria.
Matrículas
De acordo com a assessora de Planejamento e Desenvolvimento do Senai Goiás, Maristela Nunes, 100 mil matrículas devem ser abertas esse ano. “Estamos em situação de pleno emprego na economia. O Senai tem feito esforços para tentar qualificar pessoas para o mercado”, diz ela. No ano que vem a previsão é de que outras 150 mil matrículas sejam abertas no Estado. “Goiás é diferente de outros estados e o emprego não se concentra apenas na região metropolitana. Aqui ele se expande por várias regiões”, diz ela, ao justificar a expansão de cursos em várias cidades do interior do Estado.
Entre as ocupações que mais vão demandar cursos profissionalizantes, com mais de 200 horas, o setor de alimentos se destaca. A qualificação de cozi- nheiro industrial lidera em 25 unidades da federação. Conforme o Mapa, serão necessários 174,6 mil trabalhadores para a indústria de alimentos em todo o Brasil. No mesmo período, o País precisará de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil. Já entre as ocupações técnicas de nível técnico, o técnico de controle da produção lidera o ranking com demanda de 88.766 profissionais. Atrás, vem a de técnicos em eletrônica com 39.919 .
Segundo Maristela Nunes, 100 mil matrículas devem ser abertas esse ano. “Estamos em situação de pleno emprego na economia. O Senai tem feito esforços para tentar qualificar pessoas para o mercado”, diz ela. No ano que vem a previsão é de que outras 150 mil matrículas sejam abertas no Estado. “Goiás é diferente de outros estados e o emprego não se concentra apenas na região metropolitana. Aqui ele se expande por várias regiões”, diz ela, ao justificar a expansão de cursos em várias cidades do interior do Estado.
Fonte: Jornal O Hoje