Empresas esperam corredores para lucrar com Citybus

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Implantado em 2009, o Citybus - serviço de transporte coletivo em micro-ônibus com ar condicionado e acesso à internet - passou por ajustes em 2011 na tentativa de evitar o prejuízo da empresas que o ofertam. À época, a perda de passageiros chegava a 40 mil - redução de 145 mil a 105 mil pessoas mensais. Não houve grande alteração. As empresas e a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), no entanto, preferiram assumir o prejuízo, amadurecer o projeto e aguardar pela construção dos 13 corredores preferenciais ao transporte coletivo, que devem chegar 102 quilômetros de vias da cidade.

Os empresários avaliam que apenas a comodidade - grande diferencial do serviço - não foi o suficiente para fazer com que o cidadão deixe o carro em casa e use o transporte público, como o é em Porto Alegre (RS). A aposta, agora, é que o aumento da velocidade dos veículos coletivos, em função da implantação dos corredores, os torne mais rápidos que os carros e, enfim, isso faça com que o cidadão escolha o transporte público. E aqueles que quiserem maior conforto, neste cenário, passem a utilizar o Citybus.

Nos sete primeiros meses desse ano, a média mensal de passageiros transportados pelas dez linhas do Citybus foi de 115 mil. Todos os veículos, com a remodelação, passam pelo Corredor Universitário, tratado como um modelo de via pública para Goiânia, a ser seguido pelos demais corredores, como na Avenida T-7. A CMTC estima que todos os corredores estejam prontos em dois anos e, nessa perspectiva, o transporte público estará mais rápido do que os veículos particulares, segundo a diretora técnica do órgão, Áurea Pitaluga.

A estimativa da Rede Metropolitana de Transporte Coletiva (RMTC), de acordo com a assessoria de imprensa, é mais comedida, visto a burocracia que envolve as obras públicas. O consórcio acredita na construção de 8 a 10 corredores para os próximos quatro anos. É o tempo que ainda se espera o prejuízo do Citybus. As empresas não divulgam o prejuízo, mas assumem não ser um bom negócio hoje. O que as fazem continuar ofertando o serviço é assegurar o mercado para que o Poder Público, quando houver os corredores, não conceda o Citybus a outras empresas.

Fonte: O Popular