Indústria goiana fecha 2011 em 3º

10:28 0 Comments A+ a-


A indústria química goia­na acumulou crescimen­- to de 36% ao longo do ano passado, por conta da maior fabricação de medicamentos, e ajudou a elevar o índice de desenvolvimento da produção industrial. Com isso, o Estado avançou 6,2% no geral e, mesmo com a elevação menos intensa que os 17,1% observados em 2010, manteve-se na terceira posição entre 14 localidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), Marçal Henrique Soares, o crescimento do setor fármaco, em 2011, foi motivado por várias alterações no cenário da indústria goiana. Um deles foi a transferência de três fábricas da Neo Química, de São Paulo para Goiás, que começaram a produzir no mês de agosto do ano passado.

Ainda segundo Soares, o Laboratório Teuto colocou dois novos medicamentos em seu portfólio. A indústria farmacêutica HalexIstar inaugurou a ampliação da produção de soros, o que a colocou na posição de maior planta em capacidade de produção do produto no País. Além delas, o presidente do Sindifargo a­ponta o crescimento da indústria GeoLab e a associação das indústrias Melcon e Aché.

Alerta para 2012
Soares, no entanto, faz um alerta para os próximos meses deste ano. “Precisamos tomar cuidado porque esse crescimento não será repetido em 2012”, adverte. Isso porque, segundo ele, as expectativas do setor são bem mais modestas girando em torno de um crescimento de, no máximo, 4% acima da inflação.

Conforme o economista da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Wellington Vi­eira, o desempenho obtido em 2011 foi “apenas razoável” e frustrou, em parte, as expectativas. Para ele, o resultado só não foi ainda pior graças à política de contenção de consumo e alta dos juros no final de 2010, que teve forte reflexo na economia, mas desacelerou ao longo do ano seguinte.

Ele avalia que, neste ano, iniciou já com os problemas na balança de pagamento do mercado interno. “O câmbio baixou 7% em um mês. As empresas têm dificuldade de mexer no preço em um percentual assim e de uma hora para outra”, explica. A esperança é que a questão econômica europeia seja equacionada já no primeiro semestre deste ano.

Fonte: Jornal o Hoje (André Passos)