Aeroportos - Mantega nega mais concessões

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Ministro da Fazenda afirmouque, “neste momento”, o governo não está pensando em fazer novas concessões de aeroportos

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que não estão previstas, “neste momento", novas concessões de aeroportos. “Eu queria dizer que o governo não está pensando em fazer, neste momento, novas concessões de aeroportos. Não é correta a informação que o governo estaria estudando a concessão para Estados e municípios de aeroportos regionais. O Galeão (no Rio de Janeiro) e Confins (em Belo Horizonte) não estão previstos neste momento. Vamos consolidar aquilo que está sendo feito. Estamos pensando em criar uma rede de aeroportos, que tem os principais e depois terá os regionais", declarou o ministro a jornalistas.

Segundo ele, o interesse de vários grupos nos leilões de privatização dos aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos demonstrou o interesse das empresas em realizar investimentos no País. Mantega destacou que o resultado do leilão foi muito positivo.

O ministro garantiu também que os R$ 24,5 bilhões arrecadados com os leilões não serão utilizados pelo Tesouro Nacional para a realização de superávit primário. O ministro garantiu que o dinheiro será destinado para o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e investido no setor de aviação, principalmente em aeroportos menores.

“Os recursos não serão utilizados para pagamento de dívida. Já criamos o fundo que vai financiar o setor aeroportuário", disse. Mantega garantiu ainda que os recursos não serão contingenciados. “Isso faz da nossa concessão diferente do governo FHC."

Período de qualificação
Mantega destacou que, após o leilão de privatização dos aeroportos de Campinas, Guarulhos e Brasília, virá o período de qualificação das empresas que se apresentaram. Ele disse que para cada aeroporto há três ou quatro empresas que se qualificaram.

O ministro disse que agora será analisada a sustentabilidade das empresas que, se não tiverem capacidade própria de investimento e de gerenciamento dos aeroportos, podem ser excluídas.

Mantega lembrou que os vencedores dos leilões poderão contar com o financiamento do BNDES, mas também precisam ter capacidade própria de investimento. Além disso, o ministro disse que tão importante quanto ter capacidade financeira é ter capacidade de gerenciamento.

Mantega frisou que a realização dos leilões dos aeroportos não afeta em nada o contingenciamento de recursos que será feito no orçamento de 2012. “Não vamos afrouxar. A nossa proposta é de continuar com o já rigor praticado”, destacou.

Ele disse que os números do corte do orçamento estão sendo fechados e que o valor final será definido ainda neste mês. “Não definimos o número, o valor do corte. Não vou dar pista nenhuma."

Mantega afirmou que não pretende deixar para março a definição do corte. “Será exatamente como em 2011 só que com outros valores. Vamos fazer o (superávit) primário cheio e o contingenciamento será suficiente para gerar este primário."

Fonte: Agência Estado, O Popular
Foto: Maurício Neto