Mercado de TI enfrenta escassez de mão de obra
Dessa forma, o papel meramente técnico, antes designado para este setor, vem perdendo força, dando lugar a uma posição estratégica. O resultado de uma área que cresceu rapidamente é a falta de mão de obra qualificada, o que acaba se tornando um obstáculo para o desenvolvimento das organizações. Nos últimos anos, os profissionais de TI se valorizaram no mercado e há sempre vagas de emprego em aberto.
O diretor-geral da Otimize TI, Edigar Antônio Diniz Júnior, confirma que a quantidade de profissionais da área que sai das universidades tem sido insuficiente e, na maioria dos casos, eles não têm a formação necessária. Essa situação se acentuou principalmente a partir de 2010. Para suprir essa carência, ele tem ido até as universidades recrutar jovens prestes a se formar, promove o treinamento deles e contrata os que se destacarem.
No ano passado, por meio da Otimize Trainning, 12 profissionais de TI foram capacitados, dos quais seis acabaram admitidos na empresa. Um deles é Vinicius Bueno da Silva, formado em internet e rede de computadores. Segundo ele, há boa oferta de vagas na área, mas faltam profissionais qualificados. “Essa é uma área ampla em que é preciso estar se atualizando constantemente”, diz.
Conhecimento
A diretora executiva da Agregar Gestão de Pessoas, Maria Célia Franklin, diz que há grande demanda na capital por profissionais qualificados de TI. Dependendo do projeto a ser desenvolvido, as empresas estão pagando de R$ 3 mil a R$ 15 mil por esse profissional. Os salários mais elevados são para aqueles que possuem determinadas certificações e detêm conhecimentos de linguagens específicas de informática.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Informática, Telecomunicações e Similares do Estado de Goiás (Sindinformática), Marcos Vilela Fonseca, Goiânia é tradicionalmente formadora de mão de obra especializada na área de TI. Mas os melhores profissionais acabam indo embora para atuar em Brasília, São Paulo e outras localidades. Ele diz que sobram vagas também porque os estudantes da área recebem uma formação divergente daquela que o mercado necessita.
O Sindinformática vem tentado se aproximar das universidades, buscando adequar a grade curricular às suas necessidades e sugerindo ainda a realização de cursos de extensão. Muitas empresas ainda promovem o treinamento de novos funcionários de TI por pelo menos seis meses, mas isso acaba sendo oneroso. Marcos diz que as estatísticas apontam que, de cada oito recém-formados recrutados e treinados, apenas três são aproveitados.
Fonte: Jornal o Hoje (Mariza Santana)
2 comentários
Write comentáriosÓtima reportagem. Sou formado em redes de computadores e é bom ver que a área de informática está sendo valorizada, que as empresas estão vendo a importância de uma pessoa da área.
ReplyA Sra. Maria Célia Franklin, da Agregar Gestão de Pessoas, diz que o mercado de T.I. carece de bons profissionais.
ReplyEstranhamente, no site da referida empresa, só encontrei 2 vagas para a área.
Há algo estranho na matéria... enfim...