Acidentes reduzem com radares
“Sem dúvida, a implantação do monitoramento contribuiu muito. É um dos fatores para a redução, principalmente de vítimas fatais”, explica o vice-presidente da Agetop, Adriano Rodrigues de Oliveira. A maior queda ocorreu na GO-403, no trecho que liga Goiânia a Senador Canedo. Em 2010, quando as rodoviais ficaram praticamente sem controle eletrônico, como informou Oliveira, foram registradas 39 ocorrências somente neste trecho.
Com base em boletins de ocorrência elaborados pelo Batalhão de Polícia Militar Rodoviário, a redução foi de 68%, com 10 acidentes registrados em 2011 depois do início da operação dos radares fixos, conhecidos também como móveis. Outro ponto que apresentou redução significativa, neste período de 11 meses, foi a GO-060, entre Goiânia e Trindade. Os acidentes passaram de 136 para 68, e o número de óbitos, de quatro para dois.
De acordo com Oliveira, a falta de fiscalização eletrônica pode ter contribuído para o incremento de acidentes em 2010 – os radares estavam desligados desde fevereiro. O primeiro radar foi implantado há um ano, na GO-020, saída para Bela Vista de Goiás. Depois, as instalações ocorreram de maneira gradativa. Esse novo contrato possui duração de 36 meses. Os registros são feitos de velocidades acima de 40, 60, 80 e 100 quilômetros por hora, de acordo com a rodovia. E são instalados em locais onde os índices de acidentes são maiores.
Monitoramento
No próximo trimestre, outros 148 pontos serão monitorados, como informou o vice-presidente. Os equipamentos estão distribuídos ao longo das rodovias 010, 020, 040, 060, 070, 080, 118, 139, 164, 213 e 403. Eles também colaboram com as operações do policiamento rodoviário, possibilitam a identificação de veículos roubados, multas e impostos atrasados. O monitoramento das estradas estaduais é intensificado também na época de férias e em feriados prolongados.
A fiscalização desses condutores é feita por barreiras eletrônicas, radares fixos e móveis. A maior média de redução de acidentes ocorreu onde foram instaladas as barreiras eletrônicas, com 58,5% a menos do que em 2010. Para o vice-presidente da Agetop, isso pode ocorrer porque ela é mais visível e sinalizada, o que faz com que o motorista fique em alerta e reduza a velocidade. “É uma questão cultural, de educação. Quando há a presença do policial ou dos radares há obediência”, defende o comandante do Batalhão Rodoviário, coronel Moisés Mendonça.
Outras medidas
“É muita tristeza que pode ser evitada. É uma escolha, existe o limite de velocidade”, defende o coronel sobre o excesso de velocidade apontado por ele como uma das principais causas de acidentes, juntamente com as ultrapassagens proibidas. Para seguir a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os radares também deixarão de ser sinalizados nas GOs. “A tendência natural é manter a velocidade determinada em todo o percurso, o que faz com que haja a redução”, explica Oliveira sobre quando os trechos deixam de ser sinalizados.
Paralela à redução dos acidentes proporcionada pelos radares, a reconstrução das rodovias, apesar de a meta do ano passado não ter sido cumprida, também possui contribuição nesses números como defendeu o vice-presidente. “A reconstrução das estradas e um projeto – que está em licitação – para manutenção e conservação vão fazer com que os números cheguem a níveis muito baixos. Essa é a nossa grande meta.” Neste projeto citado, ele informou que a sinalização terá destaque.
Fonte: Jornal o Hoje (Katherine Alexandria)