Abertos os envelopes para licitação do Parque Macambira-Anicuns

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Prefeitura recebeu duas propostas para construção da área pública. Menor orçamento é de R$ 185 milhões, mas decisão ainda não foi tomada.

A prefeitura de Goiânia recebeu na terça-feira (10) os envelopes das empresas que estão concorrendo à licitação para construir o Parque Macambira-Anicuns, mas algumas famílias ainda não sabem o que vão fazer depois que forem desapropriadas. Se o prazo for cumprido à risca, as obras começarão dentro de dois meses e devem ser concluídas em até dois anos.

A Secretaria de Compras e Licitações do Município de Goiânia recebeu apenas duas propostas para a construção do empreendimento. Uma de empresa isolada e outra de consórcio composto de três empresas de engenharia. A princípio, deve ser escolhida a de menor orçamento que foi de R$ 185 milhões. Antes de divulgar o resultado, será analisada a documentação do grupo interessado.

O secretário de Compras e Licitações Andrey Azeredo diz que para ser escolhida, além do menor preço, a empresa precisa ter experiência comprovada na construção e execução de obra similar à que está sendo proposta nesta contratação e uma condição financeira salutar.

O Parque Linear Macambira-Anincus terá 24 km de extensão, indo do Setor Faiçalville na região sudoeste ao Setor Urias Magalhães na região norte de Goiânia. Ao longo de toda construção do parque, 804 famílias serão afetadas. Entre elas estão as que vivem em área pública invadida e as que têm imóveis que serão desapropriados pela Prefeitura. Esse é o caso de moradores e comerciantes do Jardim Presidente.

Alguns estão satisfeitos. O aposentado Baltazar Caetano Padilha, que não terá de deixar a área, acredita na valorização do seu imóvel. “Eu penso que o meu imóvel vai valorizar muito mais. Vai triplicar a valorização dele por causa do parque”, afirma.

Já o empresário João de Oliveira está preocupado, pois o parque vai passar pelo terreno onde hoje ele tem uma floricultura. Ele conta que não sabe o que vai fazer quando tiver de deixar o local. “Estou perdendo noites de sono, a taxa de diabetes subiu muito. É difícil pegar uma estrutura como esta que tenho hoje e sair. Também é difícil conseguir uma área com um ou dois lotes e fazer uma mudança”, comenta.

Segundo a Prefeitura, as negociações para desocupação das áreas do parque foram analisadas caso a caso. “Estamos negociando, fizemos uma pesquisa sócio-econômica de toda a extensão do parque, conhecemos família por família, sabemos qual é o perfil que ela tem e vamos negociar”, diz o coordenador do Projeto Macambira-Anicuns, Valdi Camárcio.

Fonte: G1 Goiás