Reforma do Terminal Isidória, em Goiânia, deve durar até 60 dias

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Obras começam neste sábado (1º) e não deve haver mudanças nas linhas. Aproximadamente 80 mil pessoas passam pelo local todos os dias.

Está prevista para começar neste sábado (1º) a reforma do Terminal Isidória, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. O cronograma da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) prevê que a obra seja concluída em 60 dias. De acordo como presidente da CMTC, José Carlos Xavier, há a possibilidade de antecipação desse prazo para 45 ou 50 dias.

O presidente assegura que, neste período, não haverá qualquer alteração com respeito ao trânsito de ônibus e de usuários. O objetivo da reforma é readequar o espaço já existente no terminal e implantar um novo modelo de gestão. “O nosso propósito é justamente o de atender às reivindicações dos passageiros como o Embarque Solidário, a organização de filas, câmeras de vigilância, bicicletário e reforma dos banheiros”, enumera. “Também será instalada uma sala de motoristas mais adequada às exigências do Ministério do Trabalho”, completa José Carlos.

Problemas
Atualmente, o passageiro que passa pelo terminal enfrenta muitos problemas. Do lado de fora, na rua que circula o terminal, não há nenhuma sinalização que permita o usuário fazer a travessia em segurança. Como se trata de uma enorme rotatória, sempre vem carro de alguma direção.

A repórter da TV Anhanguera escalada para averiguar as condições do terminal levou 1 minuto e 28 segundos para conseguir uma oportunidade de atravessar a rua. De acordo com duas usuárias do terminal, que fizeram a passagem junto com ela, essa situação se repete diariamente.

Dentro do terminal há muitos outros problemas. A auxiliar de cozinha Janaína Lima reclama que são poucos ônibus para muita gente. A própria estrutura do terminal deixa a desejar. Nos horários de pico, mais parece um corredor estreito, devido à quantidade de pessoas. Os passageiros ainda dividem o espaço com vendedores ambulantes.

Camelôs

Na opinião do pedreiro Deusimar Gonçalves, os camelôs devem ser retirados. “Tem que arrumar um lugar próprio para eles. O nosso espaço já é pouco e ainda temos de dividi-lo com eles”, declara. De acordo com os passageiros, como o terminal é aberto nas laterais, fica todo molhado no período de chuva.

Segundo o presidente da CMTC, a partir deste sábado (1º), não será mais permitido a comercialização feita pelos ambulantes. “Eles [ambulantes] ocupam um espaço muito grande no terminal, que agora vai ser liberado para permitir o trânsito de pessoas e compatibilizar com os objetivos da reforma”, afirma.
Mais ônibus

Apesar de todas as queixas, a mais frequente diz respeito à superlotação dos carros. É comum os ônibus saírem com pessoas prensadas na porta, e ainda deixar muita gente para trás. Nessas horas, a vendedora Irma Aranta afirma que prefere esperar pelo ônibus seguinte e chegar atrasada ao trabalho.

Para a encarregada de serviços gerais Marli Ribeiro, muito mais do que reformar o espaço, o que resolve mesmo é colocar mais ônibus.

De acordo com José Carlos Xavier, a oferta de ônibus é um processo contínuo da CMTC. Ele relata que todos os dias são emitidos cerca de 20 ordens de serviço, alterando frota e planilha de todas as linhas de Goiânia. “Sem dúvida nenhuma o Terminal Isidória pela sua dimensão, por lá passam hoje aproximadamente 80 mil pessoas por dia, exige um monitoramento frequente, bem como a ampliação de frota e mudança de linhas, permanentemente”, declara.

Fonte: G1 Goiás