Marconi e Edison Lobão voltam a discutir Celg
Depois de fazer uma ampla explanação sobre as medidas saneadoras que foram adotadas na empresa desde janeiro deste ano, o governador Marconi Perillo informou ao ministro que o Estado concorda em assinar com o governo federal um contrato de empréstimo nos termos que foram pactuados no ano passado. As diferenças estariam no valor e na legitimidade do atual governo para tomar o empréstimo. Segundo o governador, caso o governo federal acatasse a medida, o Estado concordaria em renegociar a dívida de ICMS que a Celg tem com o Estado, o que impactaria no valor total da dívida da estatal.
Boa vontade
O ministro, ainda segundo Marconi, recebeu positivamente os números relativos à atual gestão da Celg, principalmente no que diz respeito à diminuição dos custos da empresa através do pagamento de dívidas e corte de gastos. “O ministro foi claro conosco. Disse que o governo federal tem todo o interesse em buscar uma solução definitiva para o problema da Celg. Essa solução passa por um empréstimo ao Estado”, declarou o governador.
Marconi considera que a presença do presidente do Tesouro Nacional (segunda autoridade financeira do governo federal) no encontro sinaliza a boa vontade da presidente Dilma Rousseff em resolver a questão. “Ele falou em nome do ministro da Fazenda e da presidente Dilma. Sentimos grande disposição da presidente em nos ajudar nesta questão”, salientou.
Já com números consolidados e um balanço detalhado das medidas saneadoras adotadas nos últimos dez meses pela direção da Celg, técnicos da estatal e da Eletrobrás voltarão a se reunir no dia 24 deste mês para dar sequência às negociações. Sem entrar em detalhes sobre o controle da empresa, o governador disse que nesta reunião poderá ser discutida a composição acionária da Celg com a Eletrobrás. “Queremos agregar valor entre Celg e Eletrobrás. Não temos nenhum problema em compartilhar a gestão da empresa, desde que os interesses do povo goiano sejam preservados”, destacou Marconi.
Fonte: Jornal o Hoje