Setor da construção em Goiás mantém confiança
Sinduscon diz que, embora menor, atividade vai bem no Estado. No País, segmento começa a dar sinais de queda no ritmo.
Ao contrário do cenário de desaceleração observada na indústria e no comércio, a construção goiana mostra estabilidade, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção em Goiás (Sinduscon), Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. No País, a construção começa a dar sinais de que vai reduzir o ritmo de crescimento nos próximos meses. A atividade do setor caiu cinco pontos em junho, sobre o mesmo período do ano passado.
A queda observada no cenário nacional já é a segunda consecutiva e atualmente encontra-se em níveis de pessimismo, conforme a Sondagem Indústria da Construção, divulgada ontem, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em Goiás, a estabilidade é em função de estoques ainda abastecidos.
O crescimento da economia do País, inferior ao previsto, é apontado como um dos motivos do desaquecimento e frustra investimentos e novos empreendimentos no setor. O nível de atividade evoluiu negativamente, caindo de 50,6 pontos em abril, para 48,9 em maio, até atingir 47,7 pontos em junho.
No ano passado, o nível de atividade observado partiu de 50,2 pontos em abril; em maio, registrou 53,1 pontos e registrou ligeira queda, chegando a 52,4 pontos em junho, portanto bem acima dos patamares atuais. O indicador varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores abaixo dos 50 pontos registram retração das atividades.
A pesquisa nacional não traz dados específicos sobre Goiás, mas, segundo o presidente do Sinduscon, apesar da estabilidade, a atividade da indústria da construção goiana está cerca de 5% inferior ao que era observado em junho de 2011. “Está menos acelerada que no ano passado, mas não é nada significante”, diz Cordeiro.
Segundo ele, o setor, que mantém um estoque oficial de nove mil apartamentos, deve enfrentar dificuldades a partir do ano que vem, ainda que com menor força que a esperada no cenário nacional.
O presidente do sindicato conta ainda que o número de desistências de compras é grande em função de compras por impulso, e sem observar as reais condições de pagamento. “Esses imóveis são revendidos imediatamente, assim que são devolvidos. Isso mostra que a demanda ainda é grande”, afirma.
No que diz respeito à empregabilidade, a movimentação de operários tem maior movimentação nos meses de outubro e novembro, quando desacelera em função das chuvas e volta a acelerar entre março e abril, início do período de seca. Nos demais meses a rotatividade se mantém estável.
Fonte: Jornal O Hoje