Falta de espaço multiplica construção de arranha-céus em cidades médias

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Nos dois últimos anos, por exemplo, 125 projetos de prédios com mais de 15 andares foram aprovados em Goiânia..

Um fenômeno está tomando as cidades médias brasileiras. É a multiplicação dos arranha-céus. Eles cresceram, e cresceram muito. Os andares mais altos são os mais disputados.

O auditor fiscal Paulo Rodrigues da Silva e Emilene escolheram o 32º andar para morar. A decisão veio depois de uma visita ao igualmente gigante Edifício Itália, em São Paulo. “Eu achei maravilhoso aquilo, fascinante”, disse Paulo Rodrigues da Silva, auditor fiscal.
A construção de tantos prédios altos em Goiânia acontece por uma razão que as grandes cidades conhecem bem: a falta de espaço. Com a escassez de terrenos, as construtoras decidiram olhar para o alto. Nos dois últimos anos, 125 projetos de prédios com mais de 15 andares foram aprovados na cidade.

Segundo engenheiros e arquitetos para chegar lá em cima é preciso investir. O concreto, por exemplo, tem que ser no mínimo três vezes mais resistente que o concreto utilizado na construção de uma casa. Mas tem outros desafios que os especialistas sozinhos não conseguem resolver para levantar prédios tão altos. Um deles, convencer o interessado a comprar um apartamento que tantos cálculos derrubam qualquer medo de ficar tão longe do chão.

Os elevadores ficaram mais velozes e isso convenceu Maurício a trocar a casa pelo apartamento. “Olha a vista. Era isso que eu queria mesmo”, exclama Maurício.

Diego trabalha na construção de um prédio de quarenta e um andares. Depois deve ir para a obra de um de 50 andares. Nas horas vagas, ele diz que prefere ficar bem pertinho do chão.

Repórter: Você moraria num apartamento no 41º andar?
Diego: Eu acho q eu não tinha coragem não, muito alto.

Grandes edifícios podem ser a solução de alguns problemas urbanos, mas também podem criar outros. O arquiteto Jhon Silveira diz que a cidade precisa se planejar antes de erguer prédios assim. “De repente, toda aquela estrutura pensada para o bairro, a questão da mobilidade, do tráfico urbano tudo isso começa a virar bagunça, começa a criar confusões e transtornos para a cidade”, afirmou Jhon Silveira.

Fonte: G1 (Bom dia Brasil)
Foto: Autor não Identificado.