Goiás é 1º na geração de empregos no Brasil
Foram criados mais de 74 mil postos de trabalho no Estado no 1º semestre (+6,87%). Indústria da transformação continua na frente,
Goiás encerrou o primeiro semestre com o melhor desempenho em percentual na criação de empregos formais do País, mas já mostrando tendência de desaceleração, após forte crescimento até o mês de maio. De janeiro a junho, foram criados 74.176 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O saldo mensal é resultado de 401.158 contratações e 326.982 demissões. Com o resultado, o Estado registrou alta de 6,87% sobre o primeiro semestre do ano passado. O crescimento de Goiás foi maior que os 5,4% da região Centro-Oeste, e representou, sozinho, 48.67% do total de vagas criadas na região. O resultado goiano também supera o nacional (leia matéria abaixo).
Segundo o superintendente Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) em Goiás substituto, Valdivino Vieira, o resultado, em termos relativos, que leva em consideração o tamanho da economia dos Estados, mostra que a economia goiana continua com maior força que a média nacional. “O resultado é muito positivo, considerando as previsões para esse ano, que preveem desaceleração da economia”, avalia.
O resultado do Caged confirma a previsão de desaceleração após o mês de maio, estimulada pela redução das atividades agrícolas, provocada pelo início do período de estiagem. “Em função disso não há como prever o volume de vagas até o final do ano”, diz Valdivino Vieira, que, apesar da previsãode desaceleração, o resultado acumulado até o final do ano não deverá registrar quedas no número de vagas em Goiás.
A criação de empregos de janeiro a junho foi puxada, principalmente, pela indústria da transformação, com destaque para o setor de alimentos e bebidas. O setor criou 23,5 mil vagas do total de empregos gerados no Estado. O setor de serviços vem logo em seguida ao ampliar em quase 20 mil novos postos de trabalho. Na terceira posição aparece a construção civil, com elevação de 14.36% no número de vagas criadas no semestre, tendo gerado 13 mil empregos diretos.
O empresário Joaquim Amazay, da Ferroart Estruturas Metálicas, ampliou em 20% o quadro de funcionários no primeiro semestre, até o mês de maio. Foram contratados 15 novos profissionais nesse período entre soldadores, montadores de estruturas metálicas, além de pessoal para o setor administrativo. “A partir de agora a tendência é de frear esse crescimento, em função de uma expectativa com a crise na Europa”, avalia.
Junho
Ainda segundo dados do Caged apontam criação de 5.261 vagas de trabalho formais em Goiás. O setor de serviços criou 2.360 empregos em alta de 0,61 sobre o mês anterior. Os postos de empregos criados pela agropecuária goiana se elevaram em 1,74%.
Foram criadas 1.606 empregos pelo setor agrícola. A indústria da transformação cresceu 0,44% com a criação de 1.070 empregos celetistas. Dois setores mostraram saldos negativos. O comércio perdeu 44 postos (-0,2%) e o setor de serviços de utilidade pública perdeu 14 postos (-0,13%).
Fonte: Jornal O Hoje