Sucatas de ônibus à espera de leilão

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Carcaças estão em garagem há quase um ano e podem ser desvalorizadas ou se tornar focos de mosquitos da dengue.

Desde o fim do ano passado, cerca de 60 carcaças de ônibus que faziam a linha Leste-Oeste, a do Eixo Anhanguera, estão estacionados em uma garagem da Metrobus Transportes Coletivos, em Goiânia. Os veículos, que rodaram por 13 anos na capital, deverão ser leiloados. Mas, até que isso aconteça, os carros seguem, dia após dia, parados no pátio situado às margens da GO-060, na saída para Trindade. O maior risco é os veículos que sejam transformados em focos do mosquito da dengue, pois pode haver água parada em lugares como a roda dos ônibus, por exemplo. Até agora, a companhia responsável pelos coletivos realizou dois leilões, nos quais foram feitas menos de 30 vendas.

O diretor de Operações da Metrobus, Antônio Batista, conta que se trata de veículos sucateados que, mesmo no ano passado, circularam “quase à reboque”. Ele explica que após adquirir 90 novos ônibus para atender os usuários do transporte público que dependem da linha Eixo Anhanguera, os carros antigos tiveram que ser encostados. “Isso aconteceu porque o próprio sistema da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) permite que os carros rodem somente até os 10 anos de vida, mesmo ainda havendo condições de transitar”, frisa.

Grupo de venda
Atualmente existe uma comissão voltada apenas para cuidar da venda desses coletivos, segundo Batista. O grupo é que faz o levantamento de preços e condições de uso dos ônibus. No entanto, a maior dificuldade é encontrar quem se interesse pela oferta. “O público interessado é muito pequeno hoje em dia. São veículos que podem não ser comprados, podendo ficar no pátio, à medida que não ofereça nenhum risco à sociedade”, ressalta o diretor. Ele comenta que a intenção é vender os ônibus como sucata, caso não haja maior procura durante o próximo leilão.

Em relação ao risco de focos do mosquito da dengue, Antônio Batista assegura que não existe a possibilidade, já que a Metrobus dispõe de uma pessoa para fazer o acompanhamento e vistoria do local, constantemente. O diretor também diz que existe vigilância armada 24 horas por dia na garagem da empresa. “Tudo está sendo monitorado”, reforça.

Fonte: Jornal o Hoje