Frota de Anápolis já ultrapassa 200 mil

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Agora é oficial. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito - Denatran, a frota de veículos emplacados no Município de Anápolis é de 202.543, conforme dados referentes ao mês de agosto deste ano. Em relação a agosto de 2011, houve um crescimento de 8,9%.

O número de automóveis de passeio cresceu de 92.324 para 100.701 na comparação de janeiro a agosto de 2011 com o mesmo período deste ano, uma diferença de 8,3%. O número de caminhões emplacados em Anápolis subiu de 9.310 para 9.862, uma diferença de 5,6%. O número de caminhonetes de 14.053, para 15.713, diferença de 10,5% (há outro grupo, de camionetas que passou de 3.856 para 4.325, (10,8% de crescimento). Já o número de motocicletas saltou de 40.242, para 44.018, crescimento de 8,5%. O número de motonetas cresceu 11,1%, passando de 12.274 para 13.809 na comparação entre os períodos. A frota de ônibus cresceu 8,1%, passando de 1.430 para 1.556.

O crescimento da frota está associado a uma série de fatores, dentre eles: o aumento do poder aquisitivo da população e as facilidades de crédito para a compra de veículos, decorrente de juros mais baixos ou promoções oficiais como a redução do IPI. Alia-se a isto, a comodidade que as pessoas esperam encontrar com um veículo próprio. De acordo com dados do Censo de 2010 do IBGE, Anápolis conta com uma população de 334.613 habitantes. Dividindo o número da frota pela população, tem-se 0,6 carros por habitante.

Em 2010, foi divulgado pelo jornal “Folha de São Paulo”, um ranking das 150 cidades com maior proporção de veículos por habitante. Anápolis figurou no 67º lugar, com proporção de 47,6 veículos para cada 100 habitantes. Deixou para trás várias capitais, como: Porto Alegre (RS); Cuiabá (MT); Boa Vista (RR); Aracajú (SE); Natal (RN), além de Brasília (DF). A liderança nesse ranking ficou para São Caetano do Sul, no interior paulista, com 75,4 veículos por 100 habitantes.

Estatísticas à parte, o crescimento da frota é bastante visível aos olhos e a paciência do condutor de veículo anapolino que, a cada dia, sofre com os congestionamentos na região central e, até, em alguns bairros mais populosos. Descontar alguns minutos do horário de folga do almoço para o engarrafamento na volta ao trabalho já é uma rotina para muitas pessoas. Na verdade, uma mudança de hábito já que num passado não muito distante, congestionamento era coisa de “cidade grande”. Chegamos lá, e esse é o preço do progresso.

Plano de Mobilidade minimiza impactos

O crescimento da frota de veículos, a uma média acima de 8% ao ano, enquanto a taxa média de crescimento da população está em torno de 1,55 - segundo estimativa do IBGE para 2012, é uma dor de cabeça para qualquer gestor público.

Em Anápolis, a Prefeitura, através da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) contratou uma empresa especializada para elaborar o Plano de Mobilidade Urbana, o qual contém um diagnóstico detalhado sobre a circulação de veículos e pedestres e traça diretrizes de busca de soluções aos problemas apontados.

O Diretor de Engenharia de Tráfego da CMTT, Juvenil Henrique Neves Júnior, disse ao CONTEXTO que o Plano de Mobilidade contempla ações de médio e longo prazos como mudanças de configuração na sinalização, abertura de ruas, implantação de ciclovias, circulação do transporte de massa, dentre uma série de outras medidas.

Mas há, rotineiramente, intervenções pontuais que são feitas para melhorar as condições de tráfego, como a abertura de uma terceira faixa na Avenida Brasil, esquina com a Avenida Goiás e a proibição do estacionamento no lado esquerdo da Rua Coronel Batista, na região central, no trecho entre a Rua Calixto Abdalla e a Avenida Goiás (nas proximidades do prédio do Museu Histórico), ponto que frequentemente, tem um estrangulamento do tráfego.

O trabalho desenvolvido pela CMTT é complexo e caro. Somente com a manutenção da sinalização (faixas, semáforos, placas, dentre outros itens de sinalização) o gasto anual é de mais de R$ 1 milhão. Para Juvenil Henrique, o Plano é um instrumento importante que Anápolis tem, mas ele reconhece que é uma tarefa difícil, porque o carro ainda é o sonho de consumo de muita gente. Por isso, a tendência é o número aumentar. De qualquer forma, diz o diretor, “estamos trabalhando constantemente para reduzir os impactos dessa expansão da frota”. Além da sinalização, mudança de sentido de ruas, proibições de locais para estacionamento. Outra vertente importante do trabalho da CMTT é a conscientização de motoristas e pedestres, a fim de que cada um faça a sua parte para uma convivência mais harmoniosa nessa relação.

Fonte: O Contexto