"Sem Iris, é como abrir mão de um Pelé", diz Paulo Garcia
Prefeito de Goiânia, em entrevista à Tribuna, destaca papel estratégico de Iris, e faz balanço positivo de 100 dias de gestão
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), está otimista em relação à sua administração. Após cem dias de seu novo mandato, o petista faz um balanço das principais áreas [veja destaque na página ao lado]. Para ele, os problemas do início do ano, como a dificuldade na limpeza urbana, se deram por conta do período chuvoso e a renovação da equipe. Paulo Garcia acha injustas as críticas que são feitas em relação ao corredor de ônibus e a ciclovia na T-63, onde comerciantes manifestaram contra o fim do estacionamento no meio fio, além de críticas oposicionistas de que as obras “não seguiam” um projeto. “Para mim é uma discussão superada”, acredita. O petista também comemora a futura filiação do empresário Júnior do Friboi no PMDB, pois acredita que fortalecerá o projeto da oposição para 2014. O prefeito, porém, não exclui o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) de uma possível candidatura no ano que vem e não esconde sua admiração ao peemedebista: “Afastá-lo desse processo é como se tivéssemos um Pelé e abríssemos mão dele para jogar na seleção brasileira”. Paulo Garcia recebeu a equipe da Tribuna na quinta, 18, em seu gabinete.
Tribuna do Planalto – Qual avaliação que o senhor faz dos primeiros cem dias de sua administração na prefeitura de Goiânia?
Paulo Garcia - Eu faço uma avaliação otimista desses cem primeiros dias. Eu tenho afirmado que esse não é um governo de continuísmo, mas de continuidade. Isso traz a lembrança uma situação em que nos apropriamos do que deu resultado em um governo anterior e procura promover ações que possam buscar avanços nas diversas áreas. Nesses primeiros cem dias, que foram de desencadeamento de todas as ações e de reorganização da equipe, penso que já podemos perceber que a chamada máquina administrativa engrena e começa a rodar.
Em relação ao corredor da T-63, o sr. tem recebido críticas de que falta um projeto. Como o sr. recebe essas críticas?
Eu considero essa discussão superada. Eu acho que quem se apega a ela como motivo de crítica dá uma demonstração muito clara de desconhecimento do tema. Não há outra forma. É legítimo a pessoa ter vontade de andar no seu carro próprio, mas, numa cidade com alto índice de veículos automotores individuais, não se tem outra forma. Os espaços são limitados, enquanto o número de veículos cresce a cada dia. A crítica que aconteceu foi devido a retirada do estacionamento por parte de pessoas que exercem o comércio naquele trajeto e não tem o recuo da calçada. Se você fizer a contagem e eu tive essa oportunidade, não chega a 10% dos estabelecimentos que não tem recuo ao longo de todo o trajeto. Outra coisa, que eu não vejo ninguém discutir A largura dos lotes ali ultrapassa pouco 20 metros, se ultrapassar. Com 20 metros, se estacionam quantos carros? Dois, mas se há uma entrada, só um. Na medida em que se cria essa possibilidade de maior fluxo de pessoas que não utilizam o carro próprio e, portanto, vão caminhar ao longo da avenida, a gente sabe que com o tempo há uma recuperação da perda e até o aumento do número de transações econômicas. Sobre a ciclovia, eu acho que foi um exagero. Eu gosto de ser muito objetivo e, às vezes, até exagero na rapidez das decisões. Eu determinei que começassem a ciclovia em um trecho em que nós não precisaríamos aguardar o projeto executivo total, pois uma grande parte é uma reta, que o projeto executivo não vai mudar nada. Naquele trecho ali não precisa, e eu disse para começar sem projeto. Isso, de alguma forma, vazou, e as pessoas dizem que estamos fazendo sem projeto. Não estamos, existe todo um planejamento.
Mas há críticas também sobre a falta de conexão entre os eixos, como, por exemplo, o Eixo Universitário.
Isso é no mundo todo. Existem várias cidades onde existem ciclovias regionais, ciclovias de bairro e com longos trechos conectados, mas não necessariamente as ciclovias e ciclofaixas são interligadas. Quem está falando está, mais uma vez, está desorientado e não sabe do que está falando.
O sr. foi alvo de muitas críticas, principalmente por causa dos problemas na saúde e em áreas como limpeza urbana e dengue. Como o sr. recebeu isso?
Normal. Em um regime democrático, quem ocupa cargo público tem que estar preparado para ouvir críticas e sugestões. A vida não é feita só de elogios, mas o reconhecimento de um trabalho acaba se dando na medida em que a somatória dos esforços são percebidos pela sociedade.
Nesse sentido, a gestão sofreu algum problema de continuidade ou está dentro de um cronograma? Em algum momento o sr. ficou preocupado?
Está tudo dentro da previsão. Em um governo em que há formação de uma nova equipe, é natural que haja um momento de reorganização, até porque as novas pessoas vão se adaptar a novas funções. Além disso, o período de final de ano tem muita chuva e, com isso, o espaço urbano fica mais feio, a vegetação cresce mais rápido, o lixo mal acondicionado se espalha pelas ruas e entope a drenagem pluvial, o asfalto é estragado, a epidemia de dengue cresce. Até a abertura do orçamento contribui para que a máquina administrativa demore a ficar azeitada.
Mesmo depois de noventa dias?
Eu acredito que sim, e acredito até que nós fizemos mais do que fizemos em outros anos anteriores. A máquina dá uma parada no Brasil no início do ano, por questões burocráticas, legais e até culturais e comportamentais de nossa sociedade.
O fato de a prefeitura estar com a política de diminuição de comissionados está dando mais fôlego para as finanças da prefeitura? O sr. tem mais dinheiro para gastar?
Não. Não tem mais dinheiro para gastar não. Na verdade, a folha é responsável por um percentual importante do orçamento, mais de 50%. Mas se você busca 50% do orçamento, 25% que deve ser gastado com educação, 15% com a saúde e, na verdade, ano passado nós gastamos mais de 23% com a saúde. Sobra 10% para custeio e investimento. Então sobra pouco para investimento.
Por isso economia é fundamental.
É, mas essa economia é real, mas não é tão significativa para promover uma melhoria perceptível no caixa, porque não tinhamos tanto assim. Nós éramos o município, proporcionalmente, com o menor número de comissionados, 1650 comissionados e reduzimos para 1150. Mas a grande maioria desses comissionados recebem salário mínimo. Então, não é um montante significativo que altera.
Quando a prefeitura assume uma obra igual a da Avenida Araguaia, precisa mais de “peito” mesmo para executar?
Não. É planejamento. Nós guardamos os recursos necessários para executar a obra.
Agora na maioria das obras, acaba acontecendo aquilo que já é recorrente nas prefeituras, a busca de parcerias com o governo federal...
Nós temos que buscar o que tecnicamente se chama receita extra-orçamentária, o que não é receita própria. Isso é muito importante. Recursos federais, financiamentos. As grandes obras, quase todas são feitas assim. A licitação do BRT deve ser feita agora no próximo mês é financiamento externo. O Macambira Anicuns é financiamento internacional.
Como está a obra do Macambira Anicuns?
A obra tinha sido paralisada, porque a empresa ganhadora do processo licitatório desistiu da obra alegando incompatibilidade entre o cronograma físico e financeiro, o que eu até compreendo. O valor apresentado pela empresa foi um valor muito baixo, abaixo do mínimo levantado por nós. Enquanto estamos assinando o destrato, que também é um processo relativamente moroso, e fazendo a nova licitação, nós estamos executando outras obras. Estamos fazendo duas avenidas importantes lá.
O sr. avalia que essas obras sejam retomadas esse ano?
Na prática elas já foram retomadas, agora o processo licitatório é para ser feito no primeiro semestre.
E em relação ao início de obras do BRT?
Eu queria que as obras fossem iniciadas até no mais tardar em setembro. Vamos ver se a gente consegue.
A prefeitura vai tocar o BRT e o Estado vai tocar o VLT no Eixo Anhaguera. Como está o diálogo entre prefeitura e Estado?
O que nos cabe estamos fazendo de forma acelerada.
“A população anseia por um projeto diversificado em relação ao atual”
Mas há um projeto de comunicação constante?
Não. Há uma participação nossa na aprovação que nos cabe, das licenças que são responsabilidade do município na Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), que é o órgão administrativo que toma as decisões que serão executadas, nós já tomamos. Homologamos a concessão ao Estado para que ele possa terceirizar o projeto. E agora estamos aguardando o edital definitivo.
Mas o transporte não precisa ter um planejamento unificado?
Sim, aqui existe uma Câmara metropolitana e nós temos assento lá. Emitimos opiniões e participamos das decisões, mas a nossa opção foi pelo BRT, não pelo VLT.
O sr. acha que seria mais interessante continuar o BRT no eixo anhaguera?
Olha, não cabe a mim tomar uma decisão pelo Estado. Cabe a mim, como prefeito, decidir pelo município. No Estado quem decide é o governador. Eu posso comparar. Eu sou favorável ao VLT, não sou contra. Mas porque optamos pelo BRT e não pelo VLT? Primeiro: o BRT é bem mais barato. Nós iremos gastar aproximadamente R$ 250 milhões para executar quase 30 quilômetros. O VLT, inicialmente, tem previsão de um gasto de quase R$ 2 bilhões. Nós vamos construir 30 km, eles vão construir a metade. Então, é quase dez vezes mais caro. Vamos comparar também o atendimento ao usuário, a demanda. É verdade que cada comboio do VLT pode carregar até 200 usuários e cada ônibus carrega algo entre 60, 70 usuários. Então, eles carregam em um espaço de tempo determinado, uma unidade maior que o ônibus. Só que o intervalo entre um comboio de uma locomotiva e outra é de três minutos, e de um ônibus ao outro é de um. Então, se você nesses três minutos passam três comboios de ônibus, você acaba carregando o mesmo tanto de gente que uma locomotiva. Então, foi por isso que fizemos essa opção.
As duas obras realizadas ao mesmo tempo. Não vai gerar um impacto gigantesco?
Como eu sou defensor da tese que “os transtornos passam, os benefícios ficam”, eu acho que esse é um incômodo que teremos que conviver, se quisermos avançar. É um problema sério, mas não tem como fazer uma obra impactante no espaço urbano que não cause transtorno.
Chegou a ser pensado em se fazer uma obras e depois a outra?
Não. Não chegamos em nenhum momento a conversar, até porque o BRT está sendo pensado há muito mais tempo, né?
Na verdade as duas surgiram com o dinheiro do PAC basicamente.
Não. O BRT, inicialmente, era para ser financiado pela Corporação Andina de Fomento (CAF). Depois é que o recurso que nos foi destinado pelo PAC, pela presidenta Dilma, fez com que abríssemos mão da carta conduta que tínhamos com a CAF.
A CAF seria um financiamento, enquanto o PAC é um investimento do governo federal?
Não na totalidade. Parte dele. Tem a contrapartida e mesmo, no recurso, tem parte que é Orçamento Geral da União e tem parte que é financiamento.
Como o sr. está vendo a filiação do empresário Júnior do Friboi no PMDB, ele que é aliado do sr. aqui no Paço?
Aliado e meu amigo pessoal. O que tenho afirmado é que eu imagino que nós temos que trabalhar muito nos anos ímpares, porque eleição se faz nos anos pares aqui no Brasil. Então, é um ano de trabalhar. Acho também que a oposição ao atual governo, da qual eu e meu partido fazemos parte, não é uma oposição pessoal ou irresponsável. É crítica que quer discutir modelos diferenciados de gestão para o Estado. Eu acho que as oposições que estarão unidas no processo eleitoral do ano que vem e devem se unir em prol de apresentar projetos. Foi o que nosso grande líder Iris disse em reunião realizada com deputados da oposição. Apresentar soluções, respostas às demandas existentes no Estado. Nomes serão apresentados no momento oportuno. Júnior é um homem de sucesso na iniciativa privada e que obviamente, fortalece, enriquece e alegra qualquer partido. Agora, eu não tenho como fazer um comentário sobre a filiação dele, porque, primeiro, a filiação é algo individual e livre. Você se filia no partido que quer. E segundo que eu não sou do PMDB. Eu fazer algum comentário sobre o PMDB, acho que é no mínimo descortês. Vejo com bons olhos. Acho que todos os partidos que fazem parte da nossa base, à medida que puderem agregar nomes que poderão nos auxiliar e representar nas diversas posições que iremos disputar, são bem vindos e eu comemoro. Se fosse no meu partido eu comemoraria, mesmo não sendo, eu aplaudo.
O PT chegará em 2014 em uma situação diferenciada, se comparada a anos anteriores na disputa estadual?
Eu acho que sim. Primeiro que nós, hoje, administramos cidades importantes. Segundo, porque o partido está mais maduro. Terceiro, porque fez uma opção pelas coalizões democráticas e mais amplas. Quarto, porque já vamos para o terceiro mandato presidencial, com altíssima aprovação pela população brasileira, mas isso não significa necessariamente que nós tenhamos que encabeçar algum projeto. Nós podemos ser co-partícipes e na minha avaliação, o que importa é o projeto e não o posicionamento individual.
Mas há hoje no partido algum sentimento nesse sentido, de que chegou a vez do PT.
Isso faz parte da democracia. O desejo individual de alcançar postos de poder por parte de membros de partidos políticos, faz parte. Mas as direções partidárias costumam representar a média do pensamento partidário. E a média é sempre muito sensata e não atua com extremismo. Então, quem acredita na divisão das oposições, está jogando suas fichas no jogo errado.
Com 80 anos de idade e “matando” um discurso de renovação, de mudança, Iris Rezende hoje seria difícil que ele disputasse eleição?
Só um insano, só alguem que não está na plenitude de sua sanidade mental, poderia abrir mão da participação de Iris Rezende em qualquer processo eleitoral no Estado. Ele é a maior liderança viva, é o homem público de maior repercussão e de maior apelo que existe em Goiás. Um homem lúcido, na plenitude do seu vígor físico e intelectual. Um homem calejado e inteligente. Afastá-lo desse processo é como se tivéssemos um Pelé e abríssemos mão dele para jogar na seleção brasileira.
Hoje o PT teria a mesma chance de indicar um cabeça de chapa que o PMDB?
Isso não tem importância. Nós temos um projeto único. Quem apresentar nomes que tenham a maior possibilidade de buscar um resultado positivo eleitoral, é que vai ocupar essa posição. Isso é lá no ano que vem. Vou fazer outra comparação ao futebol: para você ganhar um jogo, tanto é importante o goleiro, quanto o centro-avante. Ganha o jogo com equipe bem montada.
O sr. falou que as oposições estarão juntas. Isso inclui também o grupo do ex-candidato Vanderlan Cardoso e do deputado Ronaldo Caiado (DEM)?
A amplitude da aliança vai depender de nós consensuarmos projetos.
Diminui a força da oposição se os projetos forem fragmentados?
Todo movimento social fragmentado é mais frágil que unido. A união do povo é que busca resultados positivos. Toda fragmentação serve de interesse a quem se opõe aquele projeto.
Há um esgotamento do projeto atual do governo do Estado?
Eu penso que sim.
Administrativamente ou em relação aos escandalos passados?
Eu vejo nos contatos que tenho com a população, que a população anseia um projeto diversificado em relação ao projeto atual.
Os 100 primeiros dias da administração de paulo garcia
Educação
Eu acredito que não tenha havido um semestre em administrações anteriores em que oito novos Cmeis tenham sido entregues. Além disso, esses Cmeis vêm ao encontro do resgate de compromissos que fizemos durante a campanha por meio do programa de governo. Tínhamos dito que, em quatro anos, iríamos zerar o déficit de vagas no ensino infantil. Há bem pouco tempo, ele era bem próximo de 20 mil vagas. A gente imagina que isso vai antecipar em zerar essas vagas com a entrega dos Cmeis mais rapidamente.
Saúde
Vamos entregar até o próximo mês mais três novas unidades de saúde. Vamos entregar uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) lá na região Oeste, no Itaipu, que vai atender 300 mil habitantes. Ao entregá-la, vamos fechar temporariamente para restauração o Cais do Novo Horizonte, reestruturando aquela unidade com a nova formatação que a gente deseja, tanto do ponto de vista estrutural e físico, quanto do ponto de vista de acolhimento e recepção das pessoas que buscam o serviço. Vamos inaugurar duas Upas, uma no Liberdade, que está pronta para ser inaugurada, e outra na região Noroeste, na Avenida do Povo, do lado esquerdo da Vila Mutirão. Vamos entregar também um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Capsad) no Jardim Novo Mundo, na região Leste. Entregamos 25 novos leitos de terapia intensiva neonatal, que é uma necessidade clamada pela sociedade há muitos anos. Esses leitos serão entregues equipados com o que há de mais moderno do ponto de vista da tecnologia. Eu acho que o principal que temos que comemorar no Hospital e Maternidade Dona Iris, que agora está em pleno funcionamento com já havíamos planejado, é uma estatística de quase 800 nascimentos com uma taxa de mortalidade materno-infantil de zero.
Obras
Retomamos as obras que eu havia dito que faria na cidade, já que o período chuvoso diminui agora. Temos três viadutos em execução, retomamos o túnel da Avenida Araguaia por administração direta após a denúncia consensual do contrato com a empresa ganhadora da licitação, e começamos o viaduto, que estamos chamando de Complexo Viário Governador Mauro Borges, que é ali na confluência das marginais com a 88 e as avenidas A e E. É uma obra importante, que vai dar fluidez à Marginal Botafogo, que é uma via de fluxo mais rápido, importante para cidade no eixo Norte-Sul. Estamos implantando o corredor da T-63 e já está em execução. O projeto do corredor T-7 está pronto, me foi apresentado e eu imagino que vamos dar início a ele até o mês de junho. Essa é uma política que consideramos definitiva e uma das formas de avançar no quesito mobilidade urbana, um dos problemas mais importantes que vivemos em Goiânia.
Recapeamento
Estamos recapeando todo o Centro dentro de um programa de recapear toda a malha asfáltica antiga de Goiânia, já que sabemos que há bairros que tem o mesmo asfalto há 30 ou 40 anos.
Segurança Pública
Nas outras áreas, fomos a primeira capital brasileira a assinar a adesão ao programa federal de políticas públicas para pessoas em situação de rua. Ao mesmo tempo, criamos um comitê local intersetorial para aplicar essas políticas na cidade, uma vez que convivemos com um grave problema de segurança e inaceitáveis índices de criminalidade e assassinatos de pessoas que são como nós, mas estão em situação de rua. É evidente que a parte investigativa e a busca desses autores desses crimes hediondos cabe ao aparelho estatal de segurança, mas nós não vamos nos omitir, pois nos sentimos responsáveis por essas pessoas e, por isso, aderimos ao plano.
Cultura
Uma ação é a adesão ao Plano de Cultura, uma vez que Goiânia foi escolhida dentre 44 cidades para destinação de recursos do Pac Cidades Históricas. Temos 12 projetos cadastrados, e estamos esperando os resultados desse comitê gestor, que tem recursos de R$ 1 bilhão, para ver o que nos cabe dessa fatia.
Juventude
Vamos também assinar a adesão a um programa chamado Juventude Viva, que é direcionado à juventude negra do país. Nós sabemos que nessa fase da vida, a juventude negra é que passa por maior risco social e que a passa por maior agressão em diversas situações de gravidade nas relações sociais. Enfim, eu acredito que temos que comemorar.
Limpeza
Retomamos todo o controle do espaço urbano à medida que estamos recuperando e restaurando áreas importantes de convivência social, limpando a cidade de ponta a ponta.
Dengue
Passamos pela epidemia de dengue como eu acho que deveríamos passar. Foi uma epidemia prevista pela curva epidemiológica e fizemos a opção pela atenção primordial aos casos mais graves, o que deu um resultado muito importante. Óbvio que isso penalizou os casos não considerados pelo modelo de seleção que implantamos nas nossas unidades, já que demoravam até horas para serem atendidos, mas o resultado foi tão grande que, no ano passado, tivemos 12 mil casos e 32 óbitos. Esse ano, tivemos mais de 40 mil casos registrados e somente um óbito confirmado.
Fonte: Tribuna do Planalto