MPF/GO divulga nota para esclarecer reportagem da revista Carta Capital
A Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) divulgou no início da noite de ontem uma nota para esclarecer a reportagem semanal da revista Carta Capital, que traz na capa o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, com o título de capa: “A Central de Grampos de Marconi Perillo”. Segundo a reportagem, de sete paginas, existiria um elo entre o governador e um hacker para invadir e acompanhar a vida de jornalistas e adversários políticos.
Confira a nota do MPF/GO publicada nesta sexta-feira
Publicação da última edição da revista traz informações sobre uma possível “central de grampos de Marconi Perillo”
O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO), pelo Núcleo de Combate à Corrupção, esclarece que, diferente do que foi publicada pela revista Carta Capital hoje, 26, não há, em curso, uma investigação sobre uma possível “central de grampos de Marconi Perillo”. O que ocorreu, até o momento, foi o seguinte:
1. O procurador da República Helio Telho, coordenador do Núcleo de Combate à Corrupção, recebeu ontem, 25 (no depoimento consta, de maneira errada, dia 24), de Gercyley Batista de Sousa (@Gercyley44). O procurador tomou o depoimento e recebeu o material, em um pendrive, trazido pelo declarante.
2. Após colher o depoimento, diante da notícia de possível prática de peculato, que envolveria o governador de Goiás, o material foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (ofício, depoimento e pendrive foram encaminhados via Sedex). Como o possível envolvido possui foro privilegiado, só lá é que se pode abrir uma investigação.
3. O material trazido por Gercyley teria sido repassado, de acordo com ele, pelo @Mrmagoo13, que é citado na reportagem da revista Carta Capital como um hacker que realizaria os “grampos” a pedido do governador.
4. O MPF/GO encaminhou o material para a PGR para apurar o noticiado uso de recurso público para contratação de serviços de espionagem de interesse político-partidário.
5. No material recebido, há indícios de que teria havido a contratação de espionagem política, porém não foram apresentadas provas de que esse serviço tenha sido, efetivamente, executado.
Confira aqui o ofício e o depoimento colhido pelo MPF/GO
Fonte: Portal 730