Prefeito Maguito Vilela descarta crise na bancada

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Prefeito de Aparecida de Goiânia afirma que concluirá o seu mandato, abençoa caravanas e admite ministério para Goiás.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), descarta a possibilidade de os deputados estaduais alinhados com as oposições migrarem para o projeto do Palácio das Esmeraldas. Apesar da crise instalada pós-votação da proposta de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), ele diz que não há motivos para se desconfiar da lealdade política dos parlamentares do PMDB, PT, PP e PCdoB. "Divergências são normais no parlamento", crê.

O peemedebista afirma ao Diário da Manhã que as "Caravanas das Oposições" cumprem papel importante para a mobilização da militância, na produção de radiografias dos quadros políticos, econômicos e sociais dos municípios e na adoção de uma agenda  política comum.  O movimento é organizado pela deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado (PMDB).  Pragmático, ele, porém, não quer contaminar as relações institucionais e administrativa com a Casa Verde [leia-se: Marconi Perillo].

Ex-governador do Estado de Goiás [1995-1998], Maguito garante que irá concluir, em 2016, o seu mandato "conferido pelas urnas" em Aparecida de Goiânia. "Não disputarei as eleições, em 2014, nem ao governo do Estado e muito menos ao Senado", frisa. O cardeal do PMDB admite que o nome do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende Machado (PMDB) chegou a ser ventilado para ocupar um cargo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. "Especulações", desconversa.

Segundo ele, a lógica nas eleições do ano que vem em Goiás é o PMDB indicar o cabeça de chapa. "A estratégia do PT é montar amplos palanques nos Estados e reeleger Dilma Rousseff", avalia.  Animado, o dirigente aprova o ingresso, no PMDB, do empresário José Batista Júnior [Júnior Friboi], que deverá filiar-se no mês de maio. Mas não garante de forma antecipada que o dono da JBS será o candidato a governador. "Ele precisa ainda construir a sua candidatura", dispara.

A receita para ganhar as eleições e garantir a governabilidade de eventual gestão 2015-2018 é ampliar o leque de alianças além do tradicional bloco PMDB & PT, analisa. "Ciscar para dentro: não há outro caminho", insiste. Maguito Vilela lembra que o PT possui, hoje, quatro nomes com densidades política e eleitoral para integrar a chapa majoritária. "Paulo Garcia, Antônio Roberto Gomide, Rubens Otoni Gomide e Olavo Noleto",  explica.

Palácio do

Planalto

O prefeito de Aparecida de Goiânia não acredita que o atual governador do Estado de  Pernambuco, o socialista Eduardo Campos, terá fôlego para chegar ao segundo turno da corrida eleitoral ao Palácio do Planalto. "Ele mira é em 2018", aposta. Para ele,  os tucanos descartarão o ex-prefeito de São Paulo José Serra, derrotado nas eleições presidenciais de 2002 e de 2010 [Ele perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva e para a ex-guerrilheira da VAR-Palmares Dilma Rousseff].  

A tendência é de o PSDB Nacional lançar o senador Aécio Neves, afirma. Com Michel Temer na vice, o PMDB apoiará o projeto de reeleição de Dilma Rousseff, destaca. "Ela manteve a estabilidade da economia, segurou o dólar, controlou a inflação, ampliou o Bolsa Família, retirou milhões de pessoas  da condição de pobreza extrema, deu um choque de ética na administração pública e deverá ser reeleita", discursa o ex-presidente  nacional do PMDB.

Administração

A prefeitura de Aparecida de Goiânia receberá R$ 270 milhões do PAC, informa Maguito. Os recursos serão destinados para investir em três eixos estruturantes ainda em 2013, relata. Detalhe: nas áreas de saneamento, asfalto e mobilidade. Aparecida de Goiânia possui cobertura de apenas 15% da rede de esgoto, revela ao DM. A média nacional é de 46%. Para 2014, a solicitação ao governo federal será de R$ 350 milhões, conta.

Em parceria com o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF), ele anuncia ao DM a construção de oito mil casas e apartamentos populares. O gestor informa que sairá também em sua gestão o Hospital Municipal, que terá 220 leitos. Para ele, o Ministério da Saúde irá liberar R$ 60 milhões. Até o ano de 2015. "Faremos também mais duas UPAs [Unidades de Pronto-Atendimento] e mais 10 unidades básicas de saúde", frisa, bem-humorado.

Fonte: Diário da Manhã