Professores denunciam descaso da prefeitura de Goiânia com condições de trabalho
Contratos irregulares, salários bem abaixo do piso, desrespeito à concessão de férias, dentre outras denúncias fazem parte da condição que professores de creches e escolas particulares conveniadas à prefeitura de Goiânia alegam estar vivendo.
O presidente do Sindicato dos Professores de Goiás, Alan Francisco de Carvalho, relata que muitos professores permanecem sem ter a carteira assinada. “O trabalho sem o devido registro na carteira de trabalho. As profissionais são registradas com outras funções como agentes educativas e babá, o que faz com que essas escolas se desobrigarem de pagar o piso dos salários,” conta.
O caso foi encaminhado pelo Sindicato dos Professores à Secretaria Municipal de Educação e ao Ministério do Trabalho. Creches e escolas como o educandário Afrânio Azevedo e a Casa do Caminho chegaram a entrar em paralisação por três dias, em protesto contra as condições de trabalho.
Uma professora que pediu para não ser identificada relatou que muitas vezes tem que fazer atividades fora da profissão dela, como a de limpar a sala da creche. “Eles não pagam o piso salarial, pagam apenas R$ 800. A gente trabalha em período integral, não dão vale transporte. Algumas vezes colocam a gente para limpar a sala,” denuncia.
Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação esclareceu que é de responsabilidade das instituições educacionais de convênio parcial a contratação e pagamento de professores e servidores. A secretaria ressaltou também que as unidades conveniadas recebem seis repasses ao longo do ano, cujo valor de 90% deve ser gasto com pagamento de funcionários, conforme a portaria número 50 da pasta da educação municipal.
Fonte: Portal 730