Prefeitura promete ciclovia ligando o Terminal Bandeiras ao Shopping Flamboyant, mas sem corte de árvores
O projeto mudou, mas os ciclistas devem ser contemplados na Avenida T-63. Além de ter o trajeto ampliado, a Prefeitura promete não promover corte de árvores, como ocorreu no Corredor Universitário. A ciclofaixa aos domingos, prevista inicialmente, deve dar lugar a uma ciclovia, conforme revelou o prefeito Paulo Garcia, em entrevista ao POPULAR, no domingo. O projeto do novo espaço para os ciclistas ainda nem está totalmente concluído e será acelerado por uma imposição do chefe do executivo municipal. A pressa é tanta que trâmites burocráticos devem ser encurtados e a expectativa é de que a obra, que será executada pela Secretaria Municipal de Obras (Semob), tenha início nos próximos dez dias.
A via ultrapassará os limites da avenida e vai do Terminal das Bandeiras, no Jardim Europa, até o Shopping Flamboyant, no Jardim Goiás. O trajeto está estimado em 11 quilômetros, ao todo, e deve custar cerca de R$ 3,3 milhões, custeados por recursos do tesouro municipal. O prazo estimado para entrega do primeiro trecho da ciclovia é de sete meses.
Até a semana passada, no entanto, o tema era tratado como uma possibilidade pela Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), responsável pela implantação da ciclovia. Um estudo de viabilidade para a construção estava em andamento e deveria demandar entre 30 a 40 dias, até sua conclusão.
Após a entrevista de Paulo Garcia, o discurso da CMTC mudou. “A determinação do prefeito é que se faça a ciclovia”, revelou o coordenador de implantação dos corredores preferenciais da entidade, Sávio Afonso.
A construção do espaço começará pela Avenida T-63 e seguirá os moldes da ciclovia do Corredor Universitário, entre as praças Cívica e da Bíblia, com a construção da via no canteiro central. Não haverá, porém a necessidade da retirada das árvores do local, como ocorreu na Avenida Universitária, uma vez que o canteiro abrigará duas pistas com 1,2 metro cada. “Já é possível iniciar a construção (da ciclovia) pelo canteiro central da T-63. Enquanto isso, será feito o projeto para as extensões”, explicou Sávio.
Para o advogado Eduardo da Costa Silva, que é um dos idealizadores do grupo Pedal Goiano, a iniciativa deve beneficiar muitas pessoas e estimular o uso da bicicleta no dia a dia. “Acho a ideia muito legal. Há vários ciclistas que moram na região do Parque Anhanguera e muitos trabalhadores que vêm para o Centro e precisam passar pela Avenida 85, por exemplo”, comemora.
Para Eduardo, além das ciclovias é preciso que seja implantada uma política mais abrangente. “É preciso investir em campanhas de educação de trânsito, porque não é possível implantar ciclovias em todas as ruas da cidade e o motorista não entende a bicicleta como meio de transporte.”
T-7
A ciclovia da T-63 deve compor o sistema cicloviário que a Prefeitura tenta emplacar. A adoção de um corredor exclusivo para o transporte coletivo na T-7 prevê também a instalação de uma ciclovia de 10,5 km, que vai da Praça Cívica e o Terminal das Bandeiras, o que, em tese, interligará as ciclovias do Corredor Universitário a da T-63.
Para o integrante do Pedal Goiano, é preciso avançar para atingir o que prevê o Plano Diretor. “A lei diz que Goiânia deve ter mais de 140 quilômetros de ciclovias. Por isso, é interessante fazer um estudo de um complexo cicloviário, para interligar os bairros e terminais de ônibus, assim as pessoas passarão a substituir o carro ou o ônibus em trajetos com menos de 10 quilômetros”, calcula Eduardo.
Outro projeto atrasado
Os ciclistas goianienses também têm muito interesse no desfecho da situação da ciclovia entre o Câmpus Samambaia - que abriga várias unidades da Universidade Federal de Goiás (UFG), na Região Norte da cidade, e a Praça Universitária. A promessa é antiga. Foi feita antes da campanha eleitoral para a Prefeitura, em 2011, mas não avançou por conta de entraves burocráticos.
Uma parceria entre a UFG e a Prefeitura para a elaboração dos estudos para a implantação da via não avançou e a universidade resolveu assumir sozinha a confecção do projeto, enquanto a execução da obra ficará por conta do Paço. A expectativa é de que na próxima semana ocorra a retomada dos estudos, que envolve professores e alunos da Faculdade de Artes Visuais (FAV) da instituição.
Segundo o coordenador o laboratório de processos e projetos da FAV, Camilo Vladimir, são quatro alunos e quatro professores envolvidos na elaboração do projeto e a expectativa é de que, após o reinício dos trabalhos, a fase seja concluída até a segunda quinzena de agosto. “O projeto é de que a ciclovia tenha 10,5 quilômetros, já temos projetados o primeiro quilômetro”, comentou.
Fonte: O Popular
2 comentários
Write comentáriosObrigado Sr. Prefeito....
ReplyObrigado o quê?
ReplyA Cidade de Goiânia está um lixo. Os Cais (centros médicos) está caindo aos pedaços. O Social enterrado ( 25 meninos de ruas mortos),
Os partidos coligados PT e PMDB não passam de gabine de empregos.
A corrupção atolada com CACHOEIRA. FORA IRIS, FORA PAULO, FORA PT FORA PMDB